Vice-coordenadora da Comesp concedeu entrevista.
O portal Diário do Grande ABC veiculou, ontem (21), matéria sobre o aumento de medidas protetivas na região. Em comparação ao primeiro bimestre do ano passado, o número medidas de concedidas cresceu 55,5% neste ano. A reportagem cita que a divulgação dos números é parte da campanha #Rompa, que visa estimular denúncias e sensibilizar a sociedade sobre diferentes tipos de violência.
A vice-coordenadora da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário do Estado de São Paulo (Comesp), juíza Teresa Cristina Cabral Santana, disse que é necessário falar sobre o enfrentamento da violência de gênero. Segundo a magistrada, o aumento no número das medidas protetivas é preocupante, mas também mostra que mais mulheres estão tendo acesso à rede de proteção.
Outro fator apontado pela juíza para esse aumento foi a possibilidade de a vítima fazer pela internet tanto o boletim de ocorrência como a solicitação da medida protetiva. Se os dados forem informados corretamente, o pedido já é encaminhado ao Judiciário. “Sabemos que nem todas mulheres têm acesso à internet, mas para aquelas que têm, isso já é uma ajuda”, afirmou. “A medida protetiva pode evitar um feminicídio”, concluiu.
A matéria também destacou que há subnotificação de feminicídios no Estado e na região, falou de projeto que acolhe vítimas em Santo André e informou sobre locais no Grande ABC que podem ser procurados por vítimas de violência, inclusive durante a pandemia.
#Rompa
O Tribunal de Justiça de São Paulo lançou em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o projeto #Rompa, que conta com parceria da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis) e apoio das empresas e concessionárias ligadas à Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM) e do Instituto Paulista de Magistrados (Ipam). É dividido em quatro eixos relativos ao ciclo da violência. O primeiro trata da divulgação da campanha e da premiação. O segundo pretende reforçar junto aos operadores do sistema de justiça a atuação conjunta, visando combater a subnotificação dos casos. No terceiro eixo, o #Rompa dará atenção à divulgação das ações feitas por magistradas e magistrados de todo o Estado. No quarto, visibilidade aos programas existentes e às ações de pacificação como o “Carta de Mulheres”, “Projeto Fênix” e “App Juntas”.
Pelo hotsite www.tjsp.jus.br/rompa, é possível encontrar informações sobre o projeto; material de divulgação; cartilha #Rompa, com informações sobre os tipos de violência, como identificá-los, como agir e os canais de atendimento disponíveis; Painel da Proteção, com o histórico de medidas protetivas concedidas nos últimos dois anos (atualizado mensalmente); e o Prêmio #Rompa, para identificar e dar visibilidade a iniciativas de combate à violência de gênero.
Comunicação Social TJSP – SB (texto)
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