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Crime organizado, cárcere e política criminal são analisados em seminário na EPM

        Na última sexta-feira (26) foi realizado o seminário Crime organizado, cárcere e política criminal, promovido pela Escola Paulista da Magistratura (EPM), sob a coordenação do corregedor-geral da Justiça, desembargador José Renato Nalini.

        O evento reuniu magistrados e teve presença, na mesa de abertura, do diretor da EPM, desembargador Armando Sérgio Prado de Toledo, e do desembargador Otávio Augusto de Almeida Toledo, representando o corregedor-geral. Participaram como expositores o secretário de Estado da Administração Penitenciária de São Paulo, Lourival Gomes, e o sociólogo Fernando Salla, do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo.

        Na abertura dos trabalhos, o desembargador Armando Toledo ressaltou que o seminário é o primeiro de uma série de eventos que terão a participação de autoridades e especialistas de diversas áreas para apresentarem como enxergam o Judiciário. “Ao conhecermos a ótica desses renomados profissionais, estaremos efetivamente ouvindo a sociedade e isso nos auxiliará a debater e refletir sobre as mais importantes questões da atualidade”, frisou.

        O desembargador Otávio Augusto de Almeida Toledo cumprimentou a todos e destacou a atualidade do tema: “O crime organizado tem crescido – não por desídia das autoridades – e está cada vez mais presente, daí a importância de realizarmos esse debate”, ressaltou.

        Em seguida, o secretário Lourival Gomes apresentou um panorama da situação do sistema prisional paulista, destacando o crescimento da população carcerária no Estado de São Paulo. “Em 2012, chegamos a 204 mil presos, no Estado de São Paulo o que representa quase 40% da população carcerária do país”. Ele citou os principais problemas e medidas que estão sendo efetuadas pelo governo estadual para aprimorar o sistema prisional, observando, porém, que o presídio não é escola: “Recebemos pessoas com mais de 18 anos e se espera uma socialização de pessoas que, muitas vezes, não foram socializadas”, ponderou.

        Na sequência, o sociólogo Fernando Salla discorreu sobre o contexto de surgimento e consolidação do PCC, bem como os efeitos desse fato no sistema prisional e na sociedade como um todo. “O combate ao crime organizado é complexo e envolve diversos desafios políticos e institucionais, entre eles, a atuação do Estado na disponibilização da escola e de outros mecanismos que façam com que o mundo do crime não seja o referencial para os jovens”.

        Entre as autoridades presentes, estavam os desembargadores José Carlos Gonçalves Xavier de Aquino, Leonel Carlos da Costa e Octavio Augusto Machado de Barros Filho e o juiz auxiliar da Corregedoria Paulo Eduardo de Almeida Sorci.

 

        Comunicação Social TJSP -  MA (texto e fotos)

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