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Justiça de Andradina cria projeto - Vem Ser - em prol de adolescentes

        O juiz da 3ª Vara de Andradina, Thiago Henrique Teles Lopes, criou o projeto Vem Ser em prol de estudantes de escolas públicas que têm dado algum tipo de problema durante o período escolar, desde envolvimento com drogas até problemas de hiperatividade. 
        A iniciativa consiste em reuniões periódicas com toda a rede da Infância e da Juventude da comarca: Judiciário, Ministério Público, Polícias Civil e Militar, diretores de escolas, poderes Legislativo e Executivo municipal (Secretarias Municipais Antidrogas, Promoção Social, Saúde e Cultura) e os responsáveis pelos estudantes, que são convocados pelo magistrado a comparecerem ao fórum para encontro com toda a rede, com objetivo de ajudá-los com os problemas de seus filhos. Sem prejuízo, cada uma dessas famílias pode se reunir com o representante da rede competente para resolver o seu problema, individualmente, em horários e datas posteriores a essas reuniões.

        A ideia – O autor do projeto, atuante nessa área há muitos anos, sempre participativo. Foi agente de proteção voluntária na Vara da Infância e Juventude da Comarca de Goiânia e ainda ministrava palestras em escolas municipais e estaduais, inclusive, foi juiz no Estado de Roraima, onde também atuou na Vara da Infância e Juventude de Boa Vista. A idealização do Vem Ser  surgiu logo quando Thiago Lopes chegou a Andradina, em janeiro deste ano, e encontrou muitas reclamações relacionadas a atos de violência em alguns bairros. O magistrado não teve dúvidas: 'precisava fazer algo'. Chamou à reunião diretores de escolas públicas a fim de colher informações de como andava a situação no ambiente escolar.

        As informações não forma nada boas. Foi-lhe relatado a ausência de pais em reuniões; muitos deles sequer sabiam dos problemas escolares do filho. Outras causas de problemas eram as drogas e a indisciplina. Os educadores sentiam também a falta de apoio da rede de um modo geral. Percebeu-se que a rede é muito distante e a população não conseguia ter acesso e não existiam programas para ajudá-la. O magistrado, então, solicitou que a direção da escola fizesse um  levantamento, mapeando os menores que possuíssem esse perfil, indicando seus nomes, dos pais e o endereço.
        Reuniões foram feitas também com o setor técnico do fórum, secretarias municipais de Educação, de Saúde e Antidrogas e a da Promoção Social. Ele próprio foi três vezes à Câmara de vereadores. Reuniu-se ainda com as polícias civil e militar e com o conselho tutelar. Tudo registrado em atas. Assim, fortaleceu a rede da Infância e Juventude e os trabalhos tiveram início. Os pais ou representantes foram convocados a comparecerem à reunião, no fórum, com a presença facultativa do menor. Os representantes de todos os órgãos estavam presentes. Os representantes dos menores foram informados da situação dele na escola e que toda a rede estava à disposição, inclusive a equipe técnica do fórum, mantido o sigilo. No entanto, representantes omissos seriam responsabilizados.

        Balanço – Até o momento compareceram representantes legais de 87 adolescentes, das cinco escolas estaduais existentes no município e foram realizadas cinco reuniões gerais, sem prejuízo dos atendimentos individuais. Também foram realizadas 15 reuniões na Vara da Infância e Juventude, com a Câmara de Andradina e com a rede da Infância e Juventude e comunidade local. Ao todo, foram sete reuniões para a implementação, apresentação e organização do projeto junto à sociedade local (cinco reuniões com os pais e duas para diagnosticar problemas e implantação das soluções respectivas). 
        Para o segundo semestre o projeto será ampliado a escolas municipais, sem prejuízo de implantação das soluções dos problemas encontrados e auxílio aos pais. O magistrado, que visitará todas as escolas proferindo palestras, pretende levar o projeto a outros municípios da região pertencentes à Comarca de Andradina.

           

        Comunicação Social TJSP – LV (texto) / DS (arte)

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