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Corregedoria realiza 15ª edição do Simpósio Qualidade de Vida

        Nesta quinta-feira (18), a Corregedoria Geral da Justiça do Estado de São Paulo realizou a 15ª edição do Simpósio Qualidade de Vida no Serviço Público, com o apoio  da Escola Paulista da Magistratura (EPM), da Secretaria da Área da Saúde (SAS), do Centro de Treinamento e Apoio aos Servidores (Cetra) e da Secretaria de Primeira Instância (SPI).

        O juiz assessor da Corregedoria, Durval Augusto Rezende Filho, realizou a abertura do encontro e informou que o corregedor-geral, desembargador José Renato Nalini, deixou cumprimentos a todos, pois não pôde comparecer em razão de viagem ao interior do Estado para visitas correicionais.

        A primeira palestra foi sobre Realização Pessoal e Amizades, com o desembargador aposentado Antonio Raphael Silva Salvador, que tem 86 anos de idade e falou sobre sua experiência de vida.

        O desembargador iniciou a carreira como advogado, e, antes de ingressar na magistratura, trabalhou também como promotor de Justiça.  Ao longo de sua trajetória profissional, uma das comarcas em que atuou foi Penápolis, onde presidiu três clubes da cidade, ao mesmo tempo, e constituiu família.

        Contou que foi muito feliz por onde passou e que, quando convidado para palestrar na Escola Paulista da Magistratura (EPM), decidiu fazer diferente: passou a lecionar para os servidores do TJSP. Disse, com alegria, que já está no sexto curso, preparando bons servidores para aprimorar os serviços jurisdicionais. “São os amigos estudando com a gente.”

        Ao concluir a palestra, afirmou: “às vezes penso que tenho uma missão e que cada um tem a sua. E, ao cumpri-la, temos que ser cordiais uns com os outros, ter jogo de cintura e muito carinho com o próximo”.

        O juiz assessor da Corregedoria Geral, Jayme Garcia dos Santos Junior, apresentou os convidados da segunda etapa do encontro: os antropólogos Adalton Marques e Karina Biondi.

        O tema da palestra foi Outra forma de política: lições ameríndias sobre representação. Adalton, que é doutorando em Antropologia Social pela Universidade Federal de São Carlos, trouxe fragmentos de Pierre Clastres, importante antropólogo francês da segunda metade do século XX. Segundo ele, existe uma crise de representação no pensamento ocidental há pelo menos 20 anos. Explicou a “chefia ameríndia em sociedades sem rei, sem lei e sem fé” e falou que ser generoso, apaziguador, polígamo e bom orador eram características dos chefes ameríndios – povo indígena do continente americano que se estabeleceu a partir do século XVI.

        Karina Biondi, que é bacharel em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo e mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal de São Carlos disse que “a vida dos ameríndios não era regrada por contratos”. Segundo ela, “o chefe tinha que dar presentes o tempo todo para não ser abandonado. Os casamentos eram políticos e as mulheres consideradas como bens mais valiosos”, explicou.

        De acordo com os antropólogos, a existência deste tipo de chefia impedia o aparecimento de relações de mando (hierarquia), a divisão em classes (desigualdade), a produção de excedente (economia), o aparecimento da lei (poder). Ao final, ainda comentaram o cenário atual no país, com recentes manifestações públicas. Segundo eles “é um problema político instalado, em que as pessoas esperam por mudanças. No entanto, a violência enfraquece o movimento”.

        Estiveram presentes também os juízes Maria de Fatima Pereira da Costa e Silva e Ricardo Tseng Kuei Hsu, assessores da Corregedoria Geral da Justiça.

        Na Capital foram registradas 173 inscrições. Outras 524 pessoas acompanharam a palestra pelo sistema de Ensino a Distância (EAD) em 60 comarcas do Estado.

 

        Comunicação Social TJSP – HS (texto) / GD (fotos)

        imprensatj@tjsp.jus.br


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