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Paulo Bomfim recebe ‘Destaque Cultural’ do Prêmio Governador do Estado de São Paulo na próxima segunda-feira

        O poeta e chefe de gabinete do Tribunal de Justiça de São Paulo, Paulo Bomfim, será homenageado, na segunda-feira (23), como “Destaque Cultural” do Prêmio Governador do Estado de São Paulo para a Cultura 2014. A escolha, por uma comissão especializada, levou em conta a relevância do conjunto da obra, a qualidade artística, a repercussão e a projeção de seu trabalho no Estado de São Paulo. O poeta tem 35 livros publicados desde 1947, algumas obras traduzidas para o alemão, francês, inglês, italiano e espanhol.

        Promovido pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, o Prêmio busca valorizar e incentivar a produção cultural paulista. A cerimônia oficial de premiação será no Theatro São Pedro, às 20 horas. Na ocasião também serão revelados os nomes dos vencedores nas outras nove categorias: Arte para Crianças, Artes Visuais, Circo, Dança, Música, Cinema, Teatro, Instituição Cultural e Territórios Culturais. Entre os cinco finalistas de cada modalidade serão divulgados dois ganhadores – um escolhido pela comissão especializada e outro pela votação popular, que vai até amanhã (19), às 16 horas, pelo site www.premiogovernador.sp.gov.br.

 

        Histórico do Prêmio

        Criado na década de 1950, o Prêmio Governador do Estado foi um dos mais prestigiados e concorridos da época. Inicialmente dedicado apenas ao teatro, teve como um dos primeiros vencedores o ator e diretor Sérgio Cardoso (1925-1972). Ao longo de três décadas, reconheceu nomes importantes do teatro brasileiro, por exemplo, as atrizes Fernanda Montenegro, Aracy Balabanian e Eliane Giardini, ao lado de Juca de Oliveira e Stênio Garcia, entre outros. Em meados dos anos 80, o evento foi interrompido e retomado pela Secretaria da Cultura recentemente, em 2010. Neste novo formato agregou novas categorias.

        A partir de 2010 foi inserido o “Destaque Cultural”, que homenageia a trajetória de um profissional das artes com significativa contribuição para a cultura paulista, em qualquer linguagem ou área de atuação – criação, incentivo, crítica, promoção, difusão e outras. Confira os ilustres artistas que já foram agraciados:

        2010 - Nydia Licia – atriz, diretora, dramaturga e produtora

        2011 - Renata de Almeida – cineasta e curadora

        2012 - Antonio Candido de Mello e Souza – escritor

        2013 – Tomie Ohtake – artista plástica

 

        Paulo Bomfim

        Nasceu em São Paulo no dia 30 de setembro de 1926, descendendo de bandeirantes e de fundadores de cidades. As origens da temática de “Armorial” circulam em suas veias. De seu amor à terra surge também a comemoração do “Dia do Bandeirante”, celebrado pela primeira vez em 14 de novembro de 1961. Jornalista profissional, iniciou suas atividades jornalísticas em 1945, no Correio Paulistano, indo a seguir para o Diário de São Paulo a convite de Assis Chateaubriand onde escreveu durante uma década “Luz e Sombra”, redigindo também “Notas Paulistas” para o “Diário de Notícias” do Rio. Foi diretor de Relações Públicas da “Fundação Cásper Líbero” e fundador, com Clóvis Graciano, da Galeria Atrium. Homem de TV, produziu “Universidade na TV” juntamente com Heraldo Barbuy e Oswald de Andrade Filho, no Canal 2, “Crônica da Cidade” e “Mappin Movietone”, no Canal 4. Apresentou na Rádio Gazeta, “Hora do Livro” e “Gazeta é Notícia”. Seu livro de estreia foi “Antônio Triste”, publicado em 1947, com prefácio de Guilherme de Almeida e ilustrações de Tarsila do Amaral. Em sua apresentação, Guilherme saudava o jovem estreante como “o novo poeta mais profundamente significativo da nova cidade de São Paulo”. “Antônio Triste” foi premiado em 1948 pela Academia Brasileira de Letras com o “Prêmio Olavo Bilac”. Fizeram parte da comissão julgadora Manuel Bandeira, Olegário Mariano e Luiz Edmundo. Publica a seguir “Transfiguração” (1951), onde envereda através do soneto inglês nos roteiros de Gama transpostos para a descoberta do mar secreto e das Índias interiores. Depois, em “Relógio de Sol” (1952) lida com a alquimia poética e lança as primeiras cantigas, linha que seria musicada por Camargo Guarnieri, Dinorah de Carvalho, Theodoro Nogueira, Sergio Vasconcelos, Oswaldo Lacerda e outros. Edita em 1954, “Cantiga do Desencontro” e “Poema do Silêncio”, surgindo depois “Armorial”, de profundas vivências ancestrais, onde o bandeirismo é projetado no reino mágico dos Mitos. “Volta proustiana ao passado paulista”, como escreveu Cassiano Ricardo. Clóvis Graciano é o ilustrador dessa edição. Em 1958, sempre pela Editora Martins, lança seus “Quinze Anos de Poesia” e “Poema da Descoberta”. Publicou a seguir “Sonetos” (1959), “Colecionador de Minutos”, “Ramo de Rumos” (1961), “Antologia Poética” (1962), “Sonetos da Vida e da Morte” (1963). “Tempo Reverso” (1964), “Canções” (1966), “Calendário” (1963), “Poemas Escolhidos” (1973) com prefácio de Nogueira Moutinho, “Praia de Sonetos” (1981), com prefácio de Almeida Salles e ilustrações de Celina Lima Verde, “Sonetos do Caminho” (1983), com prefácio de Gilberto de Mello Kujawski. Lança em 1992, “Súdito da Noite”, com prefácio de Ignacio da Silva Telles e capa de Dudu Santos. Publica em 1999, “50 Anos de Poesia” com prefácio de Rodrigo Leal Rodrigues, e em 2000, “Sonetos” e “Aquele Menino”. Seu livro “O Caminheiro” foi editado pela “Green Forest do Brasil” em 2001. Publica em 2004 “Tecido de Lembranças” pela editora Book Mix, e “Rituais”, com ilustrações de Dudu Santos, em 2005. Em 2006, 3ª edição de “O Colecionador de Minutos” pela editora Gente, “Livro dos Sonetos”, edição Amaral Gurgel, e “Janeiros de Meu São Paulo” pela editora Book Mix. Lança em 2007, “Cancioneiro”, com desenhos de Adriana Florence, e “Navegante”, edição bilíngue, Amaral Gurgel Editorial. E a sair, “Corpo”, com ilustrações de Dudu Santos, “Insólita Metrópole” com Ana Luiza Martins, e “Café com Leite”, com Juarez de Oliveira.

        Livros publicados: 1947 “Antonio Triste” / 1951 "Transfiguração / 1952 “Relógio de Sol” / 1954 "Cantiga de Desencontro" e "Poema do Silêncio” / 1955 “Sinfonia Branca” / 1956 "Armorial" / 1958 “Poema da Descoberta” e “Quinze Anos de Poesia” / 1959 “Sonetos” / 1960 “O Colecionador de Minutos” / 1961 “Ramo de Rumos”/ 1962 “Antologia Poética” / 1963 “Sonetos da Vida e da Morte” / 1964 “Tempo Reverso” / 1966 “Canções”/ 1968 “Calendário”/ 1974 “Poemas Escolhidos”/ 1981 “Praia de Sonetos” / 1983 “Sonetos do Caminho”/ 1992 “Súdito da Noite” / 1997 “50 Anos de Poesia”/ 2000 “Aquele Menino” / 2001 “O Caminheiro” / 2003 A Academia Paulista de Magistrados lança “Tributo a Paulo Bomfim”/ 2004 “Tecido de Lembranças” / 2005 “Rituais” / 2006 “Livro dos Sonetos” / 2006 “Janeiros de meu São Paulo” / 2007 “Cancioneiro” / 2007 “Navegante” / 2008 “Café com Leite” com Juarez de Oliveira / 2012 “Diário do Anoitecer” / 2012 "Antologia Lírica" / 2013 "Insólita Metrópole".
        Suas obras foram traduzidas para o alemão, o francês, o inglês, o italiano e o castelhano. Em noite memorável de 23 de maio de 1963 entrou para a Academia Paulista de Letras onde foi saudado por Ibrahim Nobre. Foi presidente do Conselho Estadual de Cultura e do Conselho Estadual de Honrarias e Mérito, e atualmente é chefe de gabinete  do Tribunal de Justiça de São Paulo. Em 1981, eleito “Intelectual do Ano”, pela União Brasileira de Escritores, conquistando o “Troféu Juca Pato”, ao qual concorreram também Darcy Ribeiro e Celso Furtado. Em 1991, premiado com o “Obrigado São Paulo” da TV Manchete. Recebeu, também, o título “Príncipe dos Poetas Brasileiros”, da Revista Brasília. Foi outorgado, no Rio de Janeiro, o Prêmio da União Brasileira de Escritores por seus 50 anos de Poesia. Editado pela Academia Paulista de Magistrados o livro “Tributo a Paulo Bomfim”. Em 2004, é criado pelo Governo do Estado de São Paulo o “Prêmio Paulo Bomfim de Poesia”. É o decano da Academia Paulista de Letras e Conselheiro do IMAE. 2008 - Prêmio Literário “Fundação Bunge” (conjunto de obras). Em 17 de julho de 2012, foi agraciado com o Colar do Mérito Judiciário, condecoração instituída pelo TJSP, em 1973, com o objetivo de homenagear personalidades, nacionais ou estrangeiras, por seus méritos e relevantes serviços prestados à cultura jurídica. Em maio de 2013 completou cinquenta anos de Academia Paulista de Letras. 

 

        * Com informações da Secretaria da Cultura e do site Paulo Bomfim

 

        Comunicação Social TJSP – RS e CA (texto) / AC (foto)
        
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