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Erson Teodoro de Oliveira se despede da magistratura paulista

        O Tribunal de Justiça de São Paulo homenageou hoje (7) o desembargador Erson Teodoro de Oliveira, em sua última sessão de julgamento na 24ª Câmara de Direito Privado, antes da aposentadoria. Integrantes do Conselho Superior da Magistratura, colegas, advogados, servidores e amigos acompanharam a sessão para prestigiar o magistrado.
        
O vice-presidente da Corte, desembargador Eros Piceli, explicou a iniciativa dos integrantes do Conselho em prestigiar a última sessão de julgamento dos colegas. “A ideia é comparecer, não por formalidade, mas por gratidão, como forma de respeito pelo trabalho desempenhado em todos esses anos na magistratura paulista. Erson Teodoro se aposenta novo, com vitalidade para vários afazeres e certo da missão cumprida. Seja feliz”, disse.
        
O presidente da Seção de Direito Público, desembargador Ricardo Mair Anafe, disse que é uma honra participar da homenagem poucos dias após completarem juntos 30 anos de carreira. “Você é um exemplo de dever cumprido. Lamento muito me despedir do colega. Do amigo, não me despedirei jamais”, afirmou. O presidente da Seção de Direito Criminal e integrante do CSM, Geraldo Pinheiro Franco, também compareceu ao evento.
        
Para o desembargador Plinio Novaes de Andrade Júnior, o homenageado é autor de alta produtividade, grande capacidade de trabalho, bom humor e dedicação. “É chegada a hora de desfrutar de sua merecida aposentadoria. Essa câmara sofrerá a perda de seu conhecimento jurídico. Desejo-lhe muita saúde e alegria, ao lado de sua esposa e filhos. Tenha muitas felicidades nessa nova etapa da vida e conte com a nossa amizade.”
        
A desembargadora Cláudia Grieco Tabosa Pessoa iniciou seu discurso citando Fiódor Dostoiévski sobre o desapego da rotina. “Espero que nesse novo ciclo desempenhe bem as atividades que virão e curta com seus familiares os prazeres que a vida pode, merecidamente, lhe proporcionar”, afirmou.
        
O juiz substituto em 2º grau João Batista Amorim de Vilhena Nunes leu um trecho de poesia de sua autoria, que trata da mesma situação que o colega vivencia hoje, uma despedida.

        Hoje é o fim

        E algo há em mim

        Que começa a fica assim

        Saudoso.

 

        O negro e o carmim

        Retiro de mim

        Ficarei incógnito

        Em asfatamento sem fim.

 

        O último memorial lerei

        A última sustentação ouvirei

        Na última sessão comparecerei

        A todos saldarei.

 

        Após, caminharei

        Procurarei, descansarei,

        Beijarei, abraçarei,

        Desfrutarei.

 

        Entendam, não se trata de abandono, é que não posso agir em reverso

        Apenas passo a seguir rumo diverso

        Para ocupar outro lugar no Universo

        Para poder viver em prosa e verso.

 

        O presidente da câmara, Luiz Augusto de Salles Vieira, também agradeceu ao amigo. “Foi uma satisfação enorme conviver durante um longo período na 24ª Câmara, onde tive a oportunidade de estar sob sua presidência e ter sido seu revisor. Você transmitiu verdadeira aula de diplomacia aos colegas, uma perfeita relação com advogados, integrantes do Ministério Público e funcionários. Só me resta desejar muitas felicidades nessa nova jornada de sua vida. Sentiremos muitas saudades”, concluiu.

        O juiz Guilherme Ferreira da Cruz também desejou muita sorte ao colega. “Destaco a lembrança que levarei e que sem dúvida estará marcada em indeléveis traços na minha alma, da gentileza e cordialidade que sempre me dispensou. Desejo vida longa com sua modalidade preferida, seus arcos e flechas”, afirmou.

        Com 27 anos, o filho do homenageado, Gabriel Teodoro de Oliveira, falou em nome da família. “Ele é a pessoa mais bondosa e humilde que conheço. Exerceu sua vida pautada no amor ao próximo, dentro e fora de sua função. Te amo muito, somos infinitamente orgulhosos de você. Parabéns, pai”, finalizou.

       Também fizeram uso da palavra o advogado Hélio Rubens Batista Ribeiro Costa e os desembargadores Nelson Jorge Júnior e Cesar Mecchi Morales.

        Ao citar Guimarães Rosa, o homenageado – cuja aposentadoria será publicada no Diário de Justiça Eletrônico (DJE) no próximo dia 13 - contou que o importante não é a saída nem a chegada, e sim a travessia. “Sentirei falta dessa convivência construída em um ambiente de muito respeito. Agradeço pela solidariedade e pelo carinho de todos. Encerro minha carreira prematuramente e saio feliz. Não por me livrar de um fardo, e sim porque ela foi repleta de realizações. Saio muito agradecido por tudo aquilo que a magistratura me proporcionou, por tudo que ela me deu”, finalizou, agradecendo também todo o apoio e dedicação dos funcionários do cartório e do gabinete. “Um desembargador não existe sozinho, as suas ideias sempre passam pela mão de seus colaboradores”.

        Trajetória – Erson Teodoro de Oliveira nasceu em outubro de 1953, na cidade de Barbosa, interior paulista. Tornou-se bacharel pela Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC/Campinas), turma de 1978. Ingressou na magistratura como juiz substituto, nomeado para a 8ª Circunscrição Judiciária, em 1985. Atuou nas comarcas de José Bonifácio, São Roque, Campinas e São Paulo. Em 2013, foi promovido a desembargador.


        Comunicação Social TJSP – AG (texto) / RL (fotos)
        
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