Notícia

        A juíza assessora da Seção de Direito Privado do Tribunal de Justiça, Juliana Amato Marzagão, presidiu, nesta quarta-feira (20/10), sessão de júri simulado com a participação de alunos da Faculdade de Direito da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). O evento aconteceu no Tribunal do Júri do Palácio da Justiça.
        Os lugares do salão foram preenchidos por estudantes de primeiro, terceiro, sexto e nono semestres. Eles foram candidatos a jurados, testemunhas, promotores e defensores públicos. No julgamento, Luiz Carlos Carvalho de Toledo foi condenado à pena privativa de liberdade de 12 anos de prisão sob alegação que em 17/2/08 desferiu golpes de faca em Jorge Assis Coelho, produzindo ferimentos que causaram a sua morte.
        De forma didática, a juíza explicou a estrutura do processo do júri, da ocorrência do crime até o julgamento. Para ela, a prática é fundamental para entender a real dimensão do Tribunal do Júri. “Essas aulas são importantes para fortalecer e confirmar o que se aprende na teoria. Estou muito impressionada com a qualidade dos trabalhos, da oratória e honrada em contribuir. Se não fosse por essa oportunidade, jamais realizaria uma plenária do júri aqui, nessa sala tão importante”, concluiu. 
        O desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), José Roberto Neves Amorim, vice-diretor da Faculdade de Direito da FAAP, ressaltou a importância da simulação. "Além de ensinar como funciona o Tribunal do Júri, demonstra vivência prática do processo penal, justamente no momento em que os alunos estudam esse tema na faculdade. Isso sedimenta o conhecimento e traz uma experiência acadêmica inesquecível.” O desembargador agradeceu ao presidente do TJSP, desembargador Antonio Carlos Viana Santos, em nome da FAAP e também em seu nome, por ceder o espaço para realização dessa atividade acadêmica. “Esta sala é de relevante valor histórico. Nela foram realizados os primeiros julgamentos do Tribunal do Júri e hoje é utilizada de forma especial”, afirmou.
        A coordenadora de atividades pedagógicas da FAAP, Náila Cristina Ferreira Nucci, ressaltou que o júri simulado é, na verdade, uma aula externa, envolvendo as matérias de direito penal, processo penal, ética e sociologia jurídica. “A FAAP sempre promove atividades interativas com a comunidade jurídica e isso possibilita o aprendizado fora dos padrões convencionais, com a aplicação de lições doutrinárias e da interdisciplinaridade.”
        O último julgamento realizado no salão do júri do Tribunal de Justiça de São Paulo aconteceu em 19 de agosto de 1987, quando um rapaz do bairro de Vila Santa Catarina foi acusado pelo assassinato de toda a sua família.

        Assessoria de Imprensa TJSP – AG (texto) / AC (fotos)