Cetra promove duas palestras sobre qualidade de vida

        Na manhã desta quinta-feira (22), o Centro de Treinamento e Apoio ao Servidor (Cetra) promoveu duas palestras em cumprimento à 7ª Etapa do simpósio Qualidade de Vida no Serviço Público.

        A primeira exposição foi ministrada pela psicanalista e escritora Betty Milan, sobre o tema "Qualidade de Vida no Japão e no Brasil". O corregedor-geral da Justiça, desembargador José Renato Nalini, deu início ao evento, apresentando a palestrante, ressaltando o seu currículo para, em seguida, afirmar que o Tribunal de Justiça não poderia trazê-la se tivesse que pagar o que ela merece, agradecendo pelo fato de ela ter se disposto a comparecer com toda boa vontade para falar aos servidores do TJSP.

        Ao agradecer as palavras do corregedor, Betty Milan falou que para ela é uma honra comparecer à sede do Poder Judiciário paulista, um poder independente e um exemplo para todo o país, especialmente no que se refere ao combate à corrupção. “E não existe qualidade de vida em um país onde o interesse privado se sobrepõe ao interesse coletivo”, afirmou. 

        Betty Milan falou da experiência vivida em uma recente estada no Japão. Até então, a impressão que tinha era do navio Kasato Maru e do fanatismo do povo japonês. Ao saber que viajaria começou a estudar diversos autores japoneses. Ficou sabendo que para eles existem três calendários: um igual ao nosso, outro do Imperador e o calendário lunar. Mas, prosseguiu, teve uma das maiores surpresas ao chegar a Tóquio, cidade da qual tinha a imagem de uma metrópole barulhenta, confusa e poluída. No entanto, encontrou uma cidade silenciosa e sem poluição, visto que grande parte da frota de veículos é movida a gás.

        A escritora destacou também a organização e a educação do povo japonês, que apesar de pouco falar inglês, sabe as palavras necessárias para ajudar os turistas estrangeiros a chegar a seus objetivos. “Não existe nenhum país que tenha uma organização coletiva como o Japão”, disse ela. Outra coisa que chamou sua atenção foi a relação dos japoneses com o trabalho. “Desde a mais humilde função, o japonês sente que está servindo ao Japão. Observei também que convivem harmoniosamente a profunda devoção às tradições milenares e uma modernidade até superior a dos mais desenvolvidos países ocidentais, como os Estados Unidos, por exemplo. Um dos grandes ensinamentos que os japoneses têm a nos passar é a filosofia de vida de pensar nos outros”, afirmou.

        A psicanalista finalizou sua palestra destacando a delicadeza presente no cotidiano dos japoneses, pois não viu uma única cena de violência durante sua estada no país. Ela não soube explicar porque o Japão é assim; talvez seja por causa do budismo, que prega a doçura, a mansidão e a serenidade.

        Aproveitando as palavras da escritora e psicanalista, o desembargador Nalini citou os 90 milhões de processos em andamento no Judiciário de todo o Brasil (que envolvem pelo menos 180 milhões de pessoas) para falar que a conversação e o diálogo devem prevalecer sobre a litigiosidade. “Por isso, temos muito a aprender com a cultura japonesa”, completou.

        Na segunda parte do simpósio o desembargador Everaldo de Melo Colombi falou sobre o tema “Mentalização e Vivência”. Apaixonado pelo esporte, Everaldo Colombi praticava ao longo de sua juventude várias modalidades, mas era especialmente dedicado à maratona, corrida de 42.195 metros. Em 1989, quando se preparava para disputar a maratona de Nova Iorque, em um dos últimos treinamentos no Parque do Ibirapuera, sentiu uma fisgada nas costas. Diagnosticada como uma hérnia de disco, foi submetido a uma cirurgia. Ao final da recuperação, ao atravessar a avenida em frente à praia de Santos, cidade que residia, sentiu outra fisgada ainda mais forte. Diagnosticada uma hérnia residual e a necessidade de uma nova intervenção cirúrgica aumentou o sofrimento. Como não poderia ser realizada imediatamente, ele mal podia dar alguns passos. O mais que conseguia era se locomover até a agência bancária próxima à sua casa, e pagar algumas contas. Numa dessas vezes, viu o exemplar de um livro chamado Alegria e Triunfo sobre a mesa da gerente. Enquanto aguardava atendimento, leu alguns poucos trechos do livro, o suficiente para despertar nele grande interesse pelo tema. A gerente emprestou-lhe aquele exemplar que iria mudar a sua vida e começou aí a ter contato com a Mentalização, ao ser apresentado à pessoa que deu o livro à gerente, quando ficou sabendo da existência dos grupos mentalistas, centenas em todo o mundo e 13 em Santos, que se reuniam alguns dias do mês. Tomou conhecimento de alguns princípios da mentalização: a saúde, a riqueza, a vivência e a perfeita expressão própria. “Ali senti que tinha reencontrado um caminho”, afirmou.

        Cerca de um ano após ter experimentado os princípios da mentalização, o desembargador Melo Colombi ficou totalmente recuperado. De lá para cá, se engajou totalmente nesses princípios (que se fundem com a própria criação do Universo), entre os quais, a presença do ser humano como o centro do Universo e a importância da fé, da energia interna e do pensamento, que fundidos com a energia externa, do cosmos, são mais fortes do que a energia atômica, afrimou. A imaginação, a criatividade e o pensamento são considerados os tesouros da mente. Ele revelou que pesquisas dão conta de que os homens têm de 20 a 30 mil pensamentos por dia.

        Já caminhando para o final de sua palestra, ele falou de algumas situações com as quais teve contato e que propiciaram viver experiências com a mentalização. “Depois de 23 anos consegui entender a minha perfeita expressão, à qual cheguei através da dor e que me trouxe até aqui hoje, para passar esta experiência para vocês”, finalizou.

        Participaram desta 7ª etapa do Simpósio “Qualidade de Vida no Serviço Público” cerca de 750 servidores, dos quais mais de 200 presentes ao auditório do Fórum João Mendes Jr. e outros cerca de 550, presentes em 45 comarcas do interior do Estado pelo sistema de Ensino a Distância.

        Os servidores interessados em acompanhar as palestras podem se inscrever pela intranet. Para isso basta acessar o link http://intranet.tjsp.jus.br e clicar na opção Cetra (localizada na área de “Informações para Funcionários”). Em seguida, clicar em inscrições/consulta/certificado > capital ou interior > digitar o login e senha > selecionar a aula > confirmar.

 

        Comunicação Social TJSP – RP (texto) / GD (fotos)

        imprensatj@tjsp.jus.br

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