Simpósio Qualidade de Vida no Serviço Público realiza sua última etapa

        Na manhã desta quinta-feira (13), a Corregedoria Geral da Justiça do Estado de São Paulo realizou a 9ª edição do Simpósio Qualidade de Vida no Serviço Público, com o apoio  da Escola Paulista da Magistratura (EPM), da Secretaria da Área da Saúde (SAS), do Centro de Treinamento e Apoio aos Servidores (Cetra) e da Secretaria de Primeira Instância (SPI).

        O evento aconteceu no auditório do Fórum João Mendes Júnior, na capital e a mesa dos trabalhos foi composta pelo juiz assessor da Corregedoria, Jayme Garcia dos Santos Junior, pela secretária da Área da Saúde, Mariângela Maluf Lagoa, e pelo  supervisor do Cetra Walter Sales Mendes. O juiz assessor da Corregedoria Geral da Justiça Ricardo Felício Scaff fez a abertura do evento e agradeceu a presença de todos nessa última etapa do projeto.

        A primeira apresentação, sobre o tema Amor e Sexo, foi ministrada pela psiquiatra Carmita Abdo. Doutora e livre-docente pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, ela é professora do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). É também fundadora e coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital de Clínicas da FMUSP e membro da Academia Internacional de Sexologia Médica.

        A professora agradeceu à presença de todos e a oportunidade de falar sobre um tema que faz parte da vida de todos, praticando ou não. Segundo ela, é muito difícil definir o que é sexo na medicina. "A atividade que é feita para obter prazer depende de uma série de elementos: corpo, emocional e psicológico, entre outros. Quem não está bem, não faz sexo de qualidade." 

        A professora citou os quatro pilares da qualidade de vida na saúde: morar bem, trabalhar em um ambiente agradável, ter um lazer agradável  e fazer sexo satisfatório. De acordo com Carmita Abdo, a medicina considera que as pessoas que estão bem sem sexo, não significa que estariam com problemas; somente não existe interesse, e se não há sofrimento, não há porque intervir. A psiquiatra disse que é muito difícil definir também o que é amor, pois cada um tem o seu conceito próprio. Contudo, existem três elementos para que ocorra uma troca amorosa efetiva: paixão, compromisso e vínculo. ”Uma relação saudável implica em compromisso assumido e que vai ser levado vida afora”, afirmou.

        A professora abordou, ainda, as etapas do ato sexual segundo vários pesquisadores: desejo, excitação, orgasmo e resolução. Falou dos efeitos dos hormônios, como o cortisol, a testosterona, o estrógeno e a ocitocina que influenciam na saúde do corpo e no desejo de homens e mulheres. “Tudo que acontece na natureza está, de alguma forma, muito definido. O amor é um ideal das pessoas, algumas conseguirão realizar, outras não. Outros se realizarão em outros papeis. Para encontrar um amor depende de sorte, mas também de perceber quando o bonde está passando”, explicou. Ao final da palestra, a secretária da Área da Saúde, Mariângela Maluf Lagoa entregou flores a convidada.

        Na sequencia, o juiz da 8ª Vara Cível do Foro Regional de Santana, Ademir Modesto de Souza, presidente da Comissão Organizadora do 1º  Concurso de Fotografia da Corregedoria Geral da Justiça, apresentou os ganhadores nas categorias: Cenas do Cotidiano Forense, Arquitetura dos fóruns e Momentos de Confraternização, além dos selecionados nas menções honrosas. Ademir Modesto de Souza agradeceu aos participantes e parabenizou os vencedores e a todos que contribuíram para o sucesso do concurso.

        A segunda palestra abordou o tema Você através de seus relacionamentos e foi proferida pelo Rabino Ruben Sternschein, da Congregação Israelita Paulista. Bacharel em Educação e mestre em Filosofia Judaica pela Universidade Hebraica de Jerusalém, foi ordenado rabino no Hebrew Union College. Fundou e dirigiu a comunidade judaica liberal de Barcelona, exerceu o rabinato em Jerusalém e foi selecionado como representante judaico para o grupo interreligioso da Unesco, que elaborou o documento  “Uma Ética Universal”.

        O rabino disse estar honrado em participar do evento e que a comunidade judaica se orgulha pela iniciativa. Ele começou falando um velho ditado 'a grama do vizinho é sempre mais verde'. "A gente imagina que a vida do outro é sempre melhor e que não tem problemas se comparado com a nossa." Ele disse que é preciso sair de nós e habitar o outro e, a partir do outro, conceber de outro modo. "A viagem a outra pessoa permite voltar a nós."

        Ele abordou as muitas diferenças que temos e do grande desafio que os juízes enfrentam ao julgar. “A justiça não pode ser objetiva. O ideal de justiça seria ser diferenciada, portanto justa, pois levaria à individualidade." Para o rabino, quando uma pessoa se relaciona com outra, esse relacionamento se torna único para ela e a partir do outro ela se observa e se descobre. Segundo ele, todos saímos e entramos no relacionamento mudados, apesar de nem sempre perceber essa mudança. “Cada pessoa que conheço traz alguma coisa de novo. Algo espera de mim, então respondo com a minha vida”, falou. "Deus é sua própria verdade e consciência e se revela através dos relacionamentos." Ainda questionou: “Para que houve a criação?" Respondeu: “Para que exista o relacionamento. Pois Deus sozinho é só ele”. “O ideal é fortalecer os relacionamentos entre todos para  produzir melhor como indivíduo e para ser melhor para você mesmo. Descobre a si mesmo  que ouve do outro, com silencio e com palavras”, finalizou.

        A juíza assessora da Corregedoria Maria Fernanda de Toledo Rodovalho entregou um certificado ao convidado. O juiz assessor da CGJ Ricardo Felício Scaff encerrou o evento e agradeceu a participação de todos que colaboram para a sua realização. "Esse simpósio foi realizado com a participação do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Ivan Sartori; do corregedor-geral da Justiça, desembargador José Renato Nalini; do diretor da Escola Paulista da Magistratura, desembargador Armando Sergio Prado de Toledo e do juiz assessor da CGJ Durval Augusto Rezende Filho. Tivemos a participação de vários profissionais e mais de sete mil funcionários nas quase 50 comarcas. Em fevereiro continuaremos. Feliz Natal e um bom Ano Novo para todos”, finalizou o magistrado.

        Por meio do sistema de Ensino a Distância (EAD), 637 servidores de 47 comarcas acompanharam o evento. Na capital estiveram presentes, entre servidores e magistrados, 189 pessoas.

 

        Comunicação Social TJSP – SO (texto) / GD (fotos)

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