A Presidência Tribunal de Justiça de São Paulo promoveu hoje (10), por meio da Secretaria da Área da Saúde (SAS) e com o apoio da Escola Judicial de Servidores (EJUS), palestra sobre o tema Inclusão de Pessoas com Deficiência Intelectual no Tribunal de Justiça.

        O evento reuniu 125 servidores e magistrados no Fórum João Mendes Júnior e foi transmitido para outros 680 participantes em 155 comarcas do Estado. A abertura das palestras ficou a cargo da juíza assessora da Presidência Maria de Fatima Pereira da Costa e Silva, que agradeceu a presença do público e dos palestrantes.

        O psicólogo e supervisor do Serviço de Qualificação e Inclusão da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo (Apae), Flavio Gonzalez, que também é autor de diversos livros, falou sobre A Inclusão Profissional de Pessoas com Deficiência no Brasil. Gonzalez, que trabalha há 18 anos na área, destacou o papel determinante da legislação brasileira na conquista dos direitos das pessoas com deficiência, como a Lei 8.213/91, que estabelece cotas. Uma empresa com 100 ou mais funcionários está obrigada a preencher de dois a cinco por cento dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou portadores de deficiência. “Essas pessoas têm o direito e  capacidade para trabalhar, desde que sejam oferecidas as condições necessárias para sua independência”, afirmou.

        O segundo palestrante, Victor Martinez, que é licenciado em Ciências Biológicas e Pedagogia, falou sobre Emprego Apoiado para Pessoas com Deficiência. O especialista explicou que o programa Emprego Apoiado nasceu há mais de trinta anos nos Estados Unidos, com uma metodologia para inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, mediante a assistência de um técnico que analisa o potencial e o perfil de cada pessoa e os compara com as vagas e necessidades da empresa. Dentro desse trabalho, mencionou a parceria de sucesso da Apae com o  TJSP, que em novembro recebeu seis jovens aprendizes. “Em nome das famílias, agradeço a confiança do Tribunal de Justiça, que está proporcionando o desenvolvimento da maturidade desses jovens e de outros que serão incluídos no programa”, concluiu.

        Comunicação Social TJSP – SO (texto) / DG (fotos)
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