TJSP homenageia Rosa Nery em sua despedida da Magistratura

        O Tribunal de Justiça de São Paulo despediu-se hoje (23) da desembargadora Rosa Maria Barreto Borriello de Andrade Nery, que recebeu homenagens em sua última sessão de julgamento antes da aposentadoria na 34ª Câmara de Direito Privado. O ato de desligamento será publicado no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) no dia 2 de março.

        O presidente da Corte, José Renato Nalini, e integrantes do Conselho Superior da Magistratura – desembargadores Eros Piceli (vice-presidente), Hamilton Elliot Akel (corregedor-geral), Artur Marques da Silva Filho (presidente da Seção de Direito Privado) e Ricardo Mair Anafe (presidente da Seção de Direito Público) – também compareceram à despedida, assim como colegas magistrados, advogados e familiares.

        O presidente da Câmara, desembargador Luiz Augusto Gomes Varjão, agradeceu pelos anos de convivência e serviços prestados à Magistratura. “Colega excepcional, cujos dotes jurídicos e intelectuais são de todos conhecidos. Nessa convivência de quase 15 anos, pudemos nos renovar com a amizade e o espírito de solidariedade que nos brindou durante esse tempo.”

        Renato Nalini explicou que tem participado das sessões de aposentadoria com tristeza e que, ao contrário da maioria, obrigada a deixar a carreira por força de norma constitucional, a de Rosa Nery ocorrerá por outra circunstância, fruto de escolha pessoal. “A desembargadora, que deixa a Magistratura por decisão própria, serve de paradigma a todas as mulheres do Brasil e do mundo. Ela concilia erudição, dedicação, devotamente à Magistratura e às ciências jurídicas ao cultivo do belo. Ela conhece profundamente música, poesia, folclore e protagoniza a defesa de nossa cultura mais autêntica”, afirmou. “Quero agradecer tudo o que foi feito, em suas lições, na sua coerência, boa-fé, em sua sensibilidade, tudo isso conciliado com a melhor interpretação da legislação, da doutrina e da jurisprudência. Sua inserção em nossa memória afetiva é uma coisa da qual não vamos nos desligar. Até sempre, continuemos unidos.”

        O vice-presidente Eros Piceli disse que o Conselho costuma se reunir nessas ocasiões e agradecer, em nome do Poder Judiciário paulista, o trabalho e dedicação dos colegas que se aposentam. “No seu caso, Rosa, faço-o com muita felicidade, pois não estamos diante de um fato inevitável, como a aposentadoria compulsória, mas de uma escolha, de uma realização pessoal. É gostoso ver uma amiga saindo com saúde, serenidade, pensando e refletindo em tudo que fez. E fez muito pela Magistratura de São Paulo. Seja muito feliz.”

        Para o corregedor-geral Hamilton Elliot Akel, Rosa Nery deixa no trabalho um legado importante. “Seus acórdãos são referência, ela fez e faz jurisprudência. Sua produção se destaca não só pela quantidade, mas também, e isso é importante, pela qualidade dos seus votos. Sem dúvida, é uma perda para a Magistratura, mas é um ganho enorme para as ciências jurídicas. Agora, livre da carga de processos da judicatura, poderá se dedicar mais à produção literária, à produção jurídica e à doutrina. E essa doutrina continuará iluminando os julgamentos no Tribunal de Justiça”, declarou.

        Emocionada, a homenageada deixou clara a satisfação do momento. “Registro minha satisfação por trabalhar com tantos ilustres colegas na Magistratura. Agradeço aos funcionários, por todas as gentilezas e pelo impecável trabalho que desempenham. Um olhar de agradecimento à minha família, aos mais velhos que me deram a mão e aos que foram nascendo, para minha alegria. Quero agradecer especialmente a amizade, aos ensinamentos que pude receber. Ensinamentos de vida, de busca do justo e de intransigente vontade de acertar e sempre fazer o melhor. Peço desculpas pelos meus erros. Deixo o melhor de mim, trabalho simples feito com carinho e com muito amor, com respeito incondicional às partes e seus advogados, que receberam de mim o tratamento mais respeitoso que lhes pude oferecer”, concluiu.

        Os desembargadores Nestor Duarte, Maria Cristina Zucchi e Cláudio Antonio Soares Levada também fizeram uso de palavras de carinho e gratidão.

        Trajetória – Carioca, Rosa Nery nasceu em maio de 1956. Tornou-se bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade de Taubaté. Em 1979 tornou-se promotora de Justiça e em 1992 foi promovida a procuradora. Sete anos depois, tomou posse como juíza do 2º Tribunal de Alçada Civil de São Paulo, nomeada pelo critério do Quinto Constitucional – Classe Ministério Público. Em 2005, atingiu o ápice da carreira como desembargadora do TJSP.

 

        Comunicação Social TJSP – AG (texto) / RL (fotos)
        
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