Ministro Sydney Sanches é homenageado no TJSP

        O Judiciário paulista homenageou, na manhã desta quarta-feira (21), o ministro Sydney Sanches, em mais uma solenidade do projeto Agenda 150 Anos de Memória Histórica do Tribunal de Justiça Bandeirante. Sanches, que ocupou a Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) e foi relator do processo de impeachment do então presidente da República Fernando Collor de Mello, nasceu em Rincão, região de Araraquara, em 1933. Formou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, turma de 1958. Aprovado em primeiro lugar, ingressou na Magistratura em 1962, como juiz substituto na 1ª Circunscrição Judiciária, com sede em Santo André. Atuou também em São Bento do Sapucaí, Guararapes e capital, sendo promovido ao cargo de desembargador em 1980. Em 1984 foi nomeado ministro do STF, onde permaneceu, até atingir o limite de idade constitucional para a aposentadoria, no ano de 2003.
        
Orador em nome da Corte, o juiz Ricardo Braga Monte Serrat falou sobre a longa amizade que mantém com o homenageado e elogiou sua postura e atuação durante a carreira. “É para saudar um raro modelo de homem, um semeador da lei, que compareço a este templo da Justiça. Nosso homenageado brilhou em tudo o que fez e esse brilho reflete a pureza de sua alma. É um homem leal, verdadeiro, simples, solidário e companheiro. É um homem dotado de infinita capacidade de ser amigo, cujo coração é um cofre de ouro, onde guarda para sempre cada amigo que conquista. Eis o juiz, eis o homem”, ressaltou.
        
Diante do grande público, no Palácio da Justiça, Sydney Sanches agradeceu as palavras do amigo e, com muito bom humor, falou sobre a importância de ser lembrado pela carreira que trilhou. “Imaginei que essas homenagens fossem prestadas somente a falecidos. Quando fiquei sabendo da solenidade, disse que ainda não preenchia os requisitos, mas que daria um jeito de cumpri-los, só para ser homenageado hoje.”
        
Ao falar sobre sua história, citou o apoio e compreensão da família e lembrou momentos que ficaram marcados em sua memória. “Meu interesse pela Magistratura começou muito cedo, mas a convicção de que seria minha vocação ocorreu um pouco mais tarde, aos 17 anos, quando passei a datilografar fichas de jurisprudências dos tribunais do País, juntamente com o doutor Valentim Alves da Silva, então juiz da Comarca de Pitangueiras. Posso dizer que na minha vida limitei-me a seguir os bons exemplos que encontrei em casa, no trabalho, na escola, na Magistratura, enfim, na vida particular e na vida pública. Muito obrigado a todos pelo comparecimento e atenção.”
        
Ao encerrar a solenidade, o presidente do TJSP, desembargador José Renato Nalini, externou a alegria em participar da homenagem e parabenizou o ministro. “Fui privilegiado com o pronunciamento desta verdadeira instituição, que é o ministro Sydney Sanches. Deus o colocou entre nós para mostrar que existem pessoas que servem de exemplo e o Tribunal de Justiça de São Paulo tem o imenso orgulho de ser a Magistratura que o senhor escolheu. Muito obrigado por aceitar essa homenagem, pois o senhor tem muito a transmitir a nós.”
        
Prestigiaram a cerimônia os desembargadores Artur Marques da Silva Filho (presidente da Seção de Direito Privado), Ricardo Mair Anafe (presidente da Seção de Direito Público), Antonio Carlos Mathias Coltro (presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Estado de São Paulo), Aloísio de Toledo César (secretário de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania) e Mohamed Amaro (ouvidor do TJSP); o presidente da Associação Paulista de Magistrados, juiz Jayme Martins de Oliveira Neto; o procurador-geral do Estado, Elival da Silva Ramos; o presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo, José Horácio Halfeld Rezende Ribeiro; o juiz assessor da Presidência, Ricardo Felício Scaff; os vereadores de Pitangueiras, Manoel José da Costa Filho (presidente da Câmara) e Marcelo Cezar Luciano Vieira; o diretor da Ordem dos Advogados do Brasil em Pitangueiras, Osmar Rissi; a filha do desembargador Walter Xavier Homrich, patrono do Fórum de Pitangueiras, Sonia Bonilha Homrich; as filhas do ministro, Cristina, Luciana, Renata e Márcia; os genros Marcos e Sergio; os netos Adriana, Isabela, Camila, Mateus, Bruno, Lucas e Felipe; além de desembargadores, juízes, servidores e amigos.

        
Entrevista
        Como o senhor se sente com essa homenagem?
        
Ministro: Foi nesta sala que fiz a prova oral para o concurso de ingresso na Magistratura. Então, tudo aqui mexe muito com minha vida, minha carreira. Eu queria ser apenas um juiz, mas Deus quis que eu alcançasse a Presidência do Supremo Tribunal Federal. Estou muito feliz.

        Como resumiria sua vida na Magistratura?
        
Ministro: Tudo o que conquistei eu devo a Deus, em primeiro lugar. Depois, a meus pais, pelo exemplo que me deram e também a todos aqueles que serviram de exemplo para mim, tanto na vida pessoal quanto na vida pública. Sou um homem realizado, feliz e espero não ter decepcionado a Deus, pois a ele prometi ser um juiz trabalhador, honesto, responsável e humano. Espero que tenha cumprido a promessa, pois ele exagerou em sua generosidade comigo.

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