Obras visam o bem-estar de crianças e adolescentes.

 

    Foi realizada, hoje (4), a inauguração dos espaços recém-reformados do Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (Saica) Edel Quinn, obra da ONG Decor Social. Os juízes Maria de Fatima Pereira da Costa e Silva, da Vara da Infância e da Juventude do Foro Regional de Santana, e Iberê de Castro Dias, assessor da Corregedoria Geral da Justiça (CGJ), prestigiaram o evento. Os 13 cômodos do local foram repaginados, fruto do trabalho de 11 profissionais voluntários e empresas parceiras, além da colaboração de pessoas físicas. Por meio da transformação da casa, pretende-se fornecer às crianças e adolescentes acolhidos um ambiente mais agradável e acolhedor, com impacto no bem-estar de todos.

     “Posso afirmar que esse é um trabalho pioneiro na região norte da cidade. Conheço de perto os acolhidos e já vejo a transformação em cada um a partir da mudança no ambiente”, afirmou a juíza Maria de Fatima Pereira da Costa e Silva, ressaltando a importância do trabalho conjunto. “Com a atuação em rede, incluindo a participação da sociedade civil, conseguimos oferecer proteção especial, conforme a Constituição Federal determina. Num local mais acolhedor, as situações ficam mais leves, fáceis e esperançosas”, completou.

    Para o juiz Iberê de Castro Dias, o direito à habitação vai muito além de se ter um teto: “Inclui moradia digna e espaço acolhedor”, afirmou. “Isso não é luxo e cosmético. A mudança positiva no espaço tem impacto no desenvolvimento infantil, refletindo inclusive na vida adulta dessas crianças e desses adolescentes”, falou.

    Vitor Cesar dos Santos, de 15 anos, disse que gostou de tudo e que inclusive alguns de seus pedidos foram atendidos: “A mudança nos quartos, a pintura, o videogame, os novos ambientes, foi tudo bem-vindo. Fiquei muito feliz com o grafite no teto de um dos quartos, que lembra mar e vento, e foi ideia minha”, contou o jovem.

    A presidente da ONG Decor Social, Katia Perrone, disse que a equipe tenta atender pedidos para ver sonhos realizados. “Após a reforma, vemos que há um sentimento de pertencimento. Esse é poder transformador do ambiente na vida de uma pessoa”, falou. Cada profissional de arquitetura e design de interiores assina um cômodo, tudo patrocinado e apoiado por empresas parceiras, além de verba da ONG, proveniente de doações. Ao longo de quatro anos, a Decor Social já beneficiou mais de 400 crianças, tendo mobilizado mais de 150 voluntários e 110 profissionais. 

 

    Comunicação Social TJSP – SB (texto) / PS (fotos)

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