TJSP participa da 11ª Virada Cultural
A participação do Tribunal de Justiça de São Paulo na 11ª edição da Virada Cultural contou com programação diversificada, dividida em dois prédios históricos: o Palácio da Justiça e o Palacete Conde de Sarzedas, mais conhecido como ‘Castelinho’, sede do Museu do TJSP. Nesses edifícios, os visitantes puderam apreciar, além da programação cultural, detalhes da arquitetura e da beleza requintada, ornamentada por vitrais, peças e objetos da história do Judiciário paulista.
Os jovens pianistas da Escola Municipal de Música do Theatro Municipal de São Paulo, Wilson e Ricardo Nogueira abriram a programação, às 18h de sábado (20), no Palácio da Justiça, com obras de Schumann e Osvaldo Lacerda. Em seguida, a música clássica continuou a encantar os visitantes do Palácio, com a apresentação do Madrigal Amazonas, do curso de música da Universidade Estadual do Amazonas. O espetáculo “Cantando poetas hibero-americanos” trouxe poesias de Mario Quintana, Tenório Telles, Thiago de Mello e Garcia Lorca, entre outros, musicadas por Adroaldo Cauduro. Dois outros jovens pianistas da Escola Municipal de Música, Rafael Sakamoto e Gabriela Prates, ainda brindaram a plateia com obras de Haydn, Debussy e Osvaldo Lacerda.
Os visitantes aprenderam sobre a história do Judiciário paulista e a arquitetura do Palácio da Justiça por meio de visitas monitoradas. Só na noite de sábado, foram três. Para a advogada Carla, que costuma vir ao Palácio apenas a trabalho, conhecê-lo fora do expediente é uma experiência diferente. “É outra visão, outro mundo. No dia a dia, você nem nota toda a arte presente no lugar.”
A música clássica deu lugar à música negra do sul dos Estados Unidos, com a apresentação do Coro Luther King e do espetáculo “I Have a Dream”, em homenagem a Martin Luther King e contra a discriminação racial. O repertório consistiu em várias peças tradicionais de “spiritual”, música nascida entre os escravos norte-americanos e difundida nas igrejas.
O tenor Jean William também participou do espetáculo. “O ‘spiritual’ tem uma força de representatividade tão forte quanto a música clássica. Conheço o Coro Luther King desde 2010 e, por intermédio dele, tive a oportunidade de ir ao exterior como bolsista estudar música. Portanto, ele faz parte da minha história”, afirmou.
O Maestro Martinho Lutero Galati de Oliveira conduziu, em seguida, o seminário “Negro Spiritual”, um fórum de estudos, onde cantores de vários corais da cidade, dos mais variados estilos, se juntaram para discutir e cantar a música negra.
No início da manhã de domingo (21), o Palacete Conde de Sarzedas recebeu o concerto apresentado pelo Quarteto Lacerda, composto por Mirella Micheletti, Camila Hessel, Jader Cruz e Dan Rafael Lira Tolomony. Na composição, em quatro movimentos, o compositor Paulo Bottas retrata a vida e a obra da artista mexicana.
Na sequência, a contadora de histórias Andrea Nogueira animou os presentes com divertidas narrativas, descritas com riqueza de detalhes, por ter em seu público pessoas portadoras de deficiência visual pertencentes ao Grupo Terra, que tem como missão contribuir para a qualidade de vida dessas pessoas por meio do lazer, esporte e cultura. Durante a apresentação, voltada à inclusão social, o público foi vendado para interagir e experimentar novas sensações durante a narrativa.
O desembargador Carlos Petroni esteve também no Castelinho para uma conversa sobre o pai da aviação. De acordo com a percepção do palestrante, Alberto Santos Dumont foi “uma figura exemplar, pacifista, patriota, ecologista, homem de grandes valores culturais”. O desembargador falou sobre a vida do aviador, seu nascimento em Minas Gerais, sua estada em Paris e discorreu sobre seus sonhos, idealizações, sua angústia de ver seu invento ser usado na guerra e sobre sua morte.
No Palacete, os eventos aconteceram durante o dia todo, com apresentações musicais como “Improvisos’s - Concerto ao piano”, com Plínio Gustavo Prado Garcia; “Jazz, MPB e Cia”, com Aldo Scaglione & Trio; “No Ritmo do Acordeom”, com Rolando Setrzi; “À tarde com Choppin”, com Miriam de Fátima Mariano; “Tangos e Chorinhos”, por Osvaldo Ferreira Pinto Junior; “Ao som do piano”, por Abel Fantim; “Concerto ao cair da tarde”, por Arthur Cahali. Houve também exibições de filmes de Vicentini Gomez, como “Plaquita” (infanto-juvenil) e “Porto de Monções”; docudrama e poesias em vídeo “Ouvindo Poesia”, por Marcelo Garbine. Sueli Finoto também esteve presente com “Récita Poética” e Camila Giudice apresentou a “Dança Cigana”. Alexsandro do Carmo, servidor do TJSP, esteve presente durante todas as atividades e apresentou em Libras (Linguagem Brasileira de Sinais) os contos literários, poesias e outras apresentações que ocorreram no local.
Comunicação Social TJSP – HS e DI (texto) / AC, RL e DI (fotos)
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