Palácio da Justiça e Museu do TJSP abrem as portas para programação cultural da cidade

Eventos ampliam visitas aos finais de semana. 
 
No último fim de semana de setembro, dias 28 e 29, o Tribunal de Justiça de São Paulo recebeu mais de mil pessoas no Palácio da Justiça e no Museu do TJSP durante a 18ª Primavera dos Museus. O evento, organizado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), tem como objetivo promover o patrimônio cultural e fortalecer a conexão entre a sociedade e as instituições que preservam a memória. O Museu está aberto ao público de segunda a sexta-feira, das 13 às 17 horas, já o agendamento para visitas ao Palácio pode ser feito online. Além disso, em algumas datas especiais do ano, o TJSP participa de eventos que enriquecem o cenário cultural de São Paulo, criando novas oportunidades para a população conhecer a história do tribunal que é considerado um dos maiores do mundo. 
Além da Primavera dos Museus, o Judiciário paulista integrou outras três importantes iniciativas do calendário cultural: a 22ª Semana Nacional de Museus (13 a 19 de maio), a 19ª Virada Cultural (18 e 19 de maio) e a 10ª Jornada do Patrimônio (17 e 18 de agosto). Juntas, essas quatro iniciativas reuniram mais de 3,8 mil pessoas em visitas ao Palácio da Justiça e ao Museu do TJSP durante sábados e domingos, consolidando esses espaços como pontos essenciais do roteiro turístico do Centro Histórico de São Paulo. O público é recebido pela equipe da Diretoria de Cerimonial e Relações Públicas da Secretaria da Presidência, que conduz os grupos nos tours guiados. Os eventos de fim de semana também atraíram 45 grupos, majoritariamente compostos por estudantes de universidades, escolas técnicas e colégios de várias cidades além da Capital, como Araçatuba, Boituva, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Ribeirão Preto, São Caetano do Sul, São José do Rio Preto, Santo André e Suzano, e visitantes de outros estados.  
Localizado no coração da cidade, o Palácio da Justiça impressiona não só pela imponência de sua arquitetura, projetada pelo arquiteto Ramos de Azevedo, mas também pela sua relevância histórica no Judiciário. Durante as visitas, o público contempla os principais espaços do edifício, começando pelo Salão do Júri, que funcionou entre 1927 e 1988 e hoje é utilizado para eventos do TJSP, como posses de magistrados, reuniões e júris simulados promovidos por instituições de ensino superior. Em seguida, passam pelo Salão dos Passos Perdidos, pela Sala Advogado José Adriano Marrey Júnior (antiga biblioteca) e pelo Salão Nobre Ministro Manoel da Costa Manso, onde ocorrem as sessões do Órgão Especial. É possível ver objetos e documentos históricos, como a colher de pedreiro utilizada na cerimônia da pedra fundamental do Palácio da Justiça e um memorando escrito por Santos Dumont em 1901.  
A 400 metros da sede da Corte está o Palacete Conde de Sarzedas, que abriga o Museu do TJSP e conta com acervo de grande valor histórico, incluindo objetos, documentos, processos notórios, móveis centenários e símbolos do Judiciário, como vestes talares de magistrados. O espaço, parte do circuito cultural, também exibe uma exposição em homenagem ao jornalista, poeta e advogado Luiz Gonzaga Pinto da Gama, ex-escravizado e patrono de centenas de alforriados, considerado um dos maiores abolicionistas do Brasil.  

 

  *N.R.: Texto publicado originalmente no DJE de 2/10/24  

 
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