Notícia

CIJ e EJUS promovem palestra sobre segurança na internet
10/02/2025

A Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) e a Escola Judicial dos Servidores (EJUS) do Tribunal de Justiça de São Paulo promoveram, na última sexta-feira (7), a abertura do ciclo de palestras deste ano com a exposição “Famílias e internet – como aumentar nossa segurança”, proferida pela educadora Sheylli Caleffi. O evento, presencial e virtual, alertou sobre os perigos do uso das redes sociais por crianças e adolescentes. 

Na abertura, o corregedor-geral da Justiça, desembargador Francisco Eduardo Loureiro, agradeceu a presença de todos e falou sobre a importância do tema. “Todos nós que somos pais, especialmente de adolescentes, sabemos o quão importante é, para eles, a integração das redes sociais, e como são perigosos os traumas que envolvem as interações indevidas. Há mecanismos que podemos utilizar para evitar os efeitos indesejados dessa participação excessiva nas redes”, afirmou Francisco Loureiro. 

O presidente da Seção de Direito Público, desembargador Ricardo Cintra Torres de Carvalho, evidenciou o empenho do Judiciário paulista ao encarar a questão. “São processos de uma delicadeza muito grande. Na área protetiva, envolvem a guarda de crianças e violências físicas e psicológicas." 

A coordenadora da CIJ, desembargadora Gilda Cerqueira Alves Barbosa Amaral Diodatti, destacou que a presença de integrantes do Conselho Superior da Magistratura (CSM) “demonstra a preocupação e o comprometimento da gestão do TJSP com a área da Infância e da Juventude”.  

O diretor da Escola Paulista da Magistratura (EPM) e da EJUS, desembargador Gilson Delgado Miranda, enalteceu os frutos da parceria entre CIJ e EJUS. “No ano passado, foram 32 eventos com 11 mil inscritos. É a EJUS cumprindo seu papel de formação dos operadores que trabalham na área”, comemorou.  

O coordenador do Departamento de Execuções da Infância e Juventude (Deij) e corregedor permanente dos programas de atendimento socioeducativo da Capital, juiz Airtom Marquezini Junior, fez coro às manifestações dos colegas. “Um assunto muito relevante, sobretudo na perspectiva dos mais vulneráveis nos espaços virtuais. Informação e formação nunca são demais.” A juíza assessora da Corregedoria Geral da Justiça, Mônica Gonzaga Arnoni, também esteve presente.  

Durante a palestra, Sheylli Caleffi explicou que os criminosos utilizam o afeto para se aproximar de crianças e adolescentes nas redes sociais, iniciando conversas e oferecendo presentes e elogios com o objetivo de conquistar a confiança. Em seguida, partem para condutas ilícitas, solicitando imagens de cunho sexual ou instigando práticas perigosas. “O vínculo no mundo digital é muito intenso. Além disso, um criminoso online pode acionar 20 mil pessoas em um dia, então o potencial é muito maior do que presencialmente”, disse.  

A educadora também alertou os pais sobre prevenção e como proceder caso seus filhos sejam abordados nas redes. “Nunca conversem com criminosos, bloqueiem o contato e levem o telefone para a delegacia. Tomem cuidado ao postar fotos de crianças, pois as imagens podem ser utilizadas em perfis falsos. Se quiserem compartilhar com familiares, criem um perfil fechado”, sugeriu. “Escutem e dialoguem muito com seus filhos. Se os criminosos vão até as crianças pelo afeto, é o afeto que vai recuperá-las”, concluiu.  

 

Comunicação Social TJSP – BC (texto) / LC (fotos) 

imprensatj@tjsp.jus.br

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