A Coordenadoria de Apoio ao Servidor (CAPS) promoveu hoje (13) a palestra “TJ e Libras: inclusão e cidadania”, com exposição da tradutora e intérprete de Libras-Português Talita Messias, que também é servidora do TJSP. O evento aconteceu no Fórum João Mendes Júnior e contou com a presença do coordenador da CAPS, desembargador Antonio Carlos Mathias Coltro, das juízas assessoras da Presidência Camila de Jesus Mello Gonçalves, Ana Claudia Dabus Guimarães e Souza de Miguel e Tatiana Magosso, do diretor do Departamento de Políticas Temáticas da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Paulo Roberto Amaral Vieira, e integrantes do Comitê de Acessibilidade do TJSP.
Esta foi a primeira palestra sobre Libras no Tribunal de Justiça de São Paulo e também a primeira plenamente acessível, com dois intérpretes de Libras, dois guias-intérpretes e estenotipia. A abertura do evento foi feita pelo desembargador A.C. Mathias Coltro. “De tudo que o CAPS fez desde que eu assumi a coordenadoria, no início do ano passado, este está sendo o mais comovente”, declarou. Antes do início da palestra, a banda Música do Silêncio, projeto de inclusão social do maestro e professor Fábio Bonvenuto, composta por alunos surdos e ouvintes da rede Municipal de Ensino de Guarulhos, fez uma breve apresentação.
Ao começar a palestra, Talita Messias descreveu sua aparência para que o público com deficiência visual pudesse imagina-la melhor. Depois disso, deu início à apresentação relembrando o conceito de inclusão - conjunto de meios combinados com ações – e classificou inclusão social como a oferta de oportunidades, especialmente a de acesso à informação.“
Meu objetivo aqui é pensar sobre a promoção da inclusão em nosso ambiente de trabalho”, explicou Talita. Para ela, essa inserção passa por três pilares: conhecimento, reconhecimento e atitude. “O conhecimento nos leva a lugares muito profundos. Atitudes simples e mudança de expressões fazem toda diferença na hora de nos relacionarmos com os surdos e demais pessoas com deficiência”, afirmou. A partir do conhecimento, chega-se ao reconhecimento, pois não basta que o eu veja o outro. É preciso reconhecê-lo, perceber sua cultura e identidade, e encarar a deficiência como uma diferença. Depois de reconhecer o outro na sua diferença conseguimos agir, ou mudar de atitude.
Após o término da palestra, Paulo Roberto Amaral Vieira agradeceu a iniciativa do TJSP e afirmou que ações como esta permitem que servidores adquiram conhecimento no assunto e possam atender às demandas das pessoas com deficiência. Em seguida, o desembargador Mathias Coltro fechou o evento agradecendo ao presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças, pela oportunidade de integrar a coordenadoria do CAPS e entrar em contato com assuntos tão importantes quanto a Libras.
Comunicação Social TJSP – AA (texto) / FV e AC (fotos)
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