A Escola Judicial dos Servidores (Ejus) e a Diretoria de Planejamento Estratégico (Deplan) do Tribunal de Justiça de São Paulo realizaram, na terça-feira (4), a palestra virtual "Como fazer o trabalho remoto funcionar". A aula foi ministrada por Pedro Donati, especialista em tecnologia da informação e gerenciamento pelo MIT-CISR e pelo Swiss Finance Institute. Mais de 800 participantes assistiram ao evento que foi transmitido via plataforma Teams e permanece disponível para visualização na página da Ejus, pela aba Central de Vídeos.
O especialista iniciou a palestra com os principais pontos que devem ser considerados quando pensamos nesse novo momento, que passam pela cultura e mentalidade das organizações de trabalho; pela necessidade de uma infraestrutura básica para que o home office possa funcionar; pelo estabelecimento de uma rotina e ainda as diferentes formas de comunicação com as quais o funcionário deve se habituar."
A cultura de trabalho remoto já está presente há muito mais tempo que pensamos. Pesquisas mostram que 90% das pessoas que trabalham em home office dizem ser mais produtivas e 85% dos negócios alegam aumento de produtividade ao incorporar o trabalho remoto", explicou Donati. Mais humano do que parece, o trabalho em home office exige algumas habilidades de quem vive essa realidade. "Disciplina e organização, auto conhecimento e empatia são fundamentais", afirmou.
Para que o funcionário obtenha produtividade e resultados, mas sem prejudicar sua saúde e enfrentar grandes dificuldades para adaptar-se ao sistema de trabalho remoto, a infraestrutura de seu novo escritório em casa é fundamental e deve contar com acessórios básicos: internet, computador, mesa e cadeiras adequadas, além de uma rotina definida de trabalho que garanta intervalos e horário de almoço.
Os maiores desafios, no entanto, estão na colaboração e na comunicação entre equipes e também no isolamento, que deve ser compensado com estratégias criativas e produtivas. Pedro Donati salientou que "um dos elementos mais valiosos é a comunicação. A maior parte da nossa comunicação é não verbal e, no remoto, precisamos compensar a falta de contato físico". Para isso, a comunicação síncrona, como as vídeochamadas individuais e também com o grupo devem ser incentivas, e não somente aquela comunicação assíncrona, baseada em mensagens de texto e e-mails, sem contato mais próximo com os outros".
O palestrante respondeu às perguntas dos participantes e concluiu a explanação com dicas práticas para líderes e equipes realizarem no dia a dia de trabalho remoto, como organizar reuniões programadas para acompanhamento das atividades e praticar a cordialidade entre os colegas da mesma forma que no trabalho presencial. "Não é porque estamos distantes que devemos permanecer isolados. Convide um colega para um café virtual, marque um happy hour on-line com a equipe e, com criatividade, mantenha a empatia, que é o principal elemento em tempos de distanciamento obrigatório devido à pandemia", finalizou Pedro Donati.
Comunicação Social TJSP – TM (texto) / Reprodução (foto)
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