Notícia

TJSP encerra semana em comemoração ao Mês da Primeira Infância
09/08/2024

O Tribunal de Justiça de São Paulo, por meio da Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) e da Escola Judicial dos Servidores (EJUS), celebrou, entre hoje (9) e segunda-feira, a semana em comemoração ao Mês da Primeira Infância com palestras que conscientizam sobre a importância dessa fase da vida e atividades culturais, efetivando os direitos previstos no Marco Legal da Primeira Infância. Estudos apontam que o período até os 6 anos de idade é o mais importante do desenvolvimento neurológico do indivíduo e as experiências vivenciadas auxiliam no aprimoramento de habilidades e competências.

“A primeira infância é a fase em que as maiores transformações neurológicas, motoras, cognitivas, sensoriais e psíquicas acontecem. Desta forma, estímulos positivos criam conexões cerebrais que permitem o desenvolvimento de habilidades e capacidades que serão usadas no futuro”, explica a juíza condutora dos trabalhos do Núcleo de Interlocução para Políticas Públicas em Primeira Infância (Nippi) do TJSP, Michelli Vieira do Lago Ruesta Changman. 

Atividades lúdicas

A programação voltada às crianças e adolescentes que vivem nos Serviços de Acolhimento de Crianças e Adolescentes (Saicas) de São Paulo ou com famílias acolhedoras ocorreu no Palácio da Justiça, sede do TJSP, hoje e segunda-feira.

Na segunda (5), jovens em acolhimento institucional foram recepcionados pelos Palhaços Sem Juízo, projeto da Cia de Teatro A Rã Ri, e ressignificaram o Salão do Júri. O local, que no passado foi palco de julgamentos icônicos do Tribunal do Júri, recebeu crianças e adolescentes para contações de histórias com os voluntários Carlos Eduardo Santoro de Souza, Rita Paula Wey Nunes da Costa, Adalgisa Aparecida Fernandes e Davi Henrique Fernandes Silva. 

O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Fernando Antonio Torres Garcia, prestigiou a atividade ao lado da vice-coordenadora da CIJ, desembargadora Gilda Cerqueira Alves Barbosa Amaral Diodatti, e da juíza Michelli Vieira do Lago Ruesta Changman.

Hoje (9), crianças de Saicas e em famílias acolhedoras participaram de mais brincadeiras no Palácio da Justiça. Desta vez, na Sala Advogado José Adriano Marrey Júnior. Os Palhaços Sem Juízo se apresentaram e introduziram as contações de história, que ficaram por conta dos voluntários José Vantuir de Sousa Lopes Junior, servidor do TJSP, Alessandra Lira e Carlos Eduardo Santoro de Souza. As desembargadoras Gilda Cerqueira Alves Barbosa Amaral Diodatti e Ana Lucia Romanhole Martucci, a juíza integrante do Nippi Heloisa Helena Franchi Nogueira Lucas e o juiz Egberto de Almeida Penido estiveram presentes durante a atividade. 

Palestras

A segunda parte da programação da semana consistiu em uma série de palestras online que debateram o poder transformador da paternidade, o desenvolvimento da autonomia do ser humano em formação e a relevância da amamentação. 

Na quarta-feira (7), a desembargadora Gilda Cerqueira Alves Barbosa Amaral Diodatti abriu o evento destacando a relevância do desenvolvimento da autonomia na primeira infância e o seu impacto nas relações familiares, tema em debate. “Quais as características e como propiciar um ambiente favorável, de modo que as crianças possam desenvolver suas capacidades máximas?”, indagou. A juíza Heloisa Helena Franchi Nogueira Lucas conduziu os trabalhos. Iniciando a exposição, a psicóloga Carla Alessandra Barbosa Gonçalves Kozesinski explicou que o desenvolvimento da criança não é linear e que as regressões fazem parte do processo, especialmente em momentos de tensão. Ela acrescentou que é necessário que cuidadores imponham limites. “Os limites dão contornos saudáveis, favorecem lidar com frustrações”, completou, acrescentando que o desenvolvimento da autonomia está diretamente articulado com o desenvolvimento emocional.

Ontem (8), o evento teve como temática “Amamentação: diminuindo as desigualdades”. Na abertura, o coordenador da CIJ, desembargador Reinaldo Cintra Torres de Carvalho, destacou que a amamentação é fundamental para que a criança tenha contato próximo com a mãe e apresente crescimento sadio. “A primeira infância é o momento em que propiciamos toda possibilidade de desenvolvimento físico, mental e afetivo”, enfatizou. A juíza integrante do Nippi Maria Lucinda da Costa mediou a palestra e ressaltou que o aleitamento materno é prioridade na Convenção sobre os Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (ONU). Em seguida, a médica Rosângela Gomes dos Santos falou sobre as vantagens da amamentação para a mulher. “Já para a criança, menos doenças na fase adulta, problemas de alergia e ortodônticos, além de funcionar como a primeira vacina por conta dos anticorpos da mãe”, complementou. A médica abordou, ainda, como o aleitamento materno perpassa os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.   

 

Comunicação Social TJSP – AA e MB (texto) / PS (fotos)

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