Servidores da 9ª Região Administrativa Judiciária (RAJ), com sede em São José dos Campos, participam, até a próxima sexta-feira (4), da segunda fase do projeto Justiça Bandeirante. Os encontros – que ocorrem simultaneamente no fórum e na Universidade do Vale do Paraíba (Univap) – são direcionados a grupos e competências definidas (Cejusc, Colégio Recursal, áreas cível e criminal, gestores de unidades judiciais e cartórios distribuidores, administradores e oficiais de justiça), permitindo a todos os setores a mesma oportunidade de participar de palestras e das dinâmicas em equipes.
    Ao longo do primeiro dia, os servidores participaram de workshop sobre o Projeto InfraJus – iniciativa que busca verificar as possíveis causas de lentidão no Sistema de Automação da Justiça (SAJ) e demais soluções tecnológicas –, infraestrutura de TI, boas práticas e segurança da informação; além de dinâmicas de trabalho com apresentação de enunciados.
    A abertura do encontro foi realizada pelo magistrado da Vara do Juizado Especial Criminal de São José dos Campos, Flavio Fenoglio Guimarães. “O projeto é um sucesso, estamos muito felizes com os resultados, fruto de nosso trabalho. É de todos nós, é do servidor. Desejo a todos um ótimo trabalho.”
    A secretária de Tecnologia da Informação (STI), Rosely Castilho, explicou que a capacitação não será cíclica, mas contínua. “Elaboramos uma série de atividades para trazer formas de conhecimento. Precisamos que vocês apontem as dificuldades para construirmos um ambiente de trabalho cada vez melhor”, concluiu.
    O coordenador de planejamento de TI, Emerson Perazolo, abordou Infraestrutura de TI e boas práticas. “A ideia é mostrar para vocês o tráfego de redes, os detalhes do caminho percorrido pelo SAJ até a chegada ao Data Center, além de identificar boas práticas para evitar pontos de lentidão.” Perazolo também explicou que as adaptações são paliativos técnicos muito comuns que dão a falsa sensação de solução, mas na verdade contribuem para a lentidão do sistema e que é muito importante evitar ‘puxadinhos’ nos fios e mudanças no layout da sala, bem como insistir na troca de informações colaborativas para construção de melhorias estruturais.
    O diretor da STI 4, Edivaldo Antonio Sartor, fez um bate-papo sobre os cuidados relativos à segurança da informação. “O mundo está ficando cada vez mais digital e é importante adotar ações no dia a dia voltadas para um comportamento seguro permanente, tanto na vida pessoal quanto na profissional. É importante instalar um software de antivírus no smartphone, colocar uma senha no dispositivo e tomar cuidado com acesso às redes Wi-Fi abertas, potencialmente perigosas no roubo de dados”, finalizou.
    No período da tarde, foram realizadas dinâmicas de grupos, com temas relacionados à aplicação de boas práticas do uso das funcionalidades do SAJ, seguidas de apresentações dos servidores, em um ambiente de troca de experiências e da visão sistêmica do Tribunal de Justiça, no âmbito do processo judicial eletrônico, com o uso da ferramenta de trabalho.
    Sobre o Justiça Bandeirante – Lançado em março deste ano, busca a utilização plena da tecnologia de forma mais produtiva para efetiva prestação jurisdicional. A primeira fase, que terminou em julho, promoveu encontros com servidores das dez RAJs, nos quais foram diagnosticadas dificuldades encontradas no processo digital e oferecidas também sugestões para melhoria do SAJ.
    Um novo conceito de qualificação foi construído a partir desses encontros, com destaque para as “pílulas de conhecimento”, que são peças educacionais de curtíssima duração com informações pontuais e relevantes sobre o uso do sistema, desenvolvidas em linguagem próxima da realidade dos servidores para proporcionar maior domínio da ferramenta de trabalho. Aulas temáticas, treinamentos presenciais e a distância, material de apoio como apostilas e vídeos tutoriais também serão usados para aprimorar o uso do SAJ.

    Comunicação Social TJSP – AG (texto) / KS (fotos)
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