Notícia

Grupo de Trabalho sobre Violência Doméstica promove terceira videoconferência
28/08/2018

A Escola Judicial dos Servidores (EJUS), em parceria com a Corregedoria Geral da Justiça e Coordenadoria da Infância e da Juventude, promoveu a terceira videoconferência do Grupo de Trabalho sobre Violência Doméstica (GT-VID). Com o tema “Desafios atuais das redes de enfrentamento à violência doméstica”, o encontro aconteceu na Sala do Servidor, Fórum João Mendes Júnior, na tarde dessa terça-feira (28), e contou com mais de 260 espectadores presenciais e a distância. O objetivo é oferecer qualificação técnica aos psicólogos e assistentes sociais do TJSP que atuam nas ações relativas à violência doméstica e familiar contra a mulher.

A coordenadora do GT-VID e psicóloga do Núcleo de Apoio Profissional de Serviço Social e Psicologia, Lucia Helena Rodrigues Zanetta, abriu o evento apresentando os palestrantes e dizendo que “a Lei Maria da Penha mostra que a violência contra a mulher é baseada no gênero e, portanto, uma violência de direitos humanos”.

Em seguida, a palavra foi da psicóloga Lenira Politano da Silveira que falou, entre outros assuntos, sobre a forma como são tratadas as mulheres que procuram ajuda, o grau de interação entre os serviços e a qualidade do atendimento às vítimas. Utilizando-se do histórico do movimento de proteção às mulheres, Lenira citou a importância dos conjuntos de medidas que envolvem a questão. “Já avançamos muito, mas ainda há dificuldades estruturais por parte das organizações, além da descontinuidade e desmonte das políticas públicas”, enfatizou. “É necessário que haja um apoio completo, seja psicológico, social ou trabalhista. Sem isso, estaremos pondo à disposição da sociedade uma solução parcial”, destacou.

O psicólogo e sociólogo que coordena o programa socioeducativo de responsabilização de homens “E agora, José?”, Flavio Urra, contou como funciona o trabalho feito para que os agressores tomem consciência da responsabilização dos próprios atos violentos. “Alguns homens não acompanharam o movimento de igualdade, permanecem os mesmos de 50 anos atrás. Eles não têm perfil, idade, profissão, classe social. Pode ser qualquer um”, analisou. Flavio observa resultados positivos ao longo das reuniões: “Ainda que seja difícil desconstruir modelos, percebemos uma alteração no discurso de muitos participantes no decorrer dos encontros, que passam a ter o entendimento do lado cruel de suas atitudes”, disse.

Ao final, o público fez perguntas aos palestrantes sobre penas alternativas aos homens infratores, casas de acolhimento dentro e fora de São Paulo, metodologia de trabalho dos grupos que recebem os agressores, mentalidade da sociedade, entre outras. A próxima videoconferência será no dia 23 de outubro e trará o tema “Violência de gênero contra crianças e adolescentes”.

Sobre o GT-VID

O GT-VID é iniciativa da Corregedoria Geral da Justiça, criado para qualificação técnica de assistentes sociais e psicólogos do Tribunal de Justiça de São Paulo. O primeiro dos dez encontros, entre videoconferências e palestras presenciais, ocorreu no dia 20 de fevereiro, com o tema “Aspectos psicossociais e jurídicos da violência doméstica e familiar contra a mulher”. A segunda videoconferência, realizada em 24 de abril, trouxe ao TJSP o debate “Gênero, racismo e violência de gênero”.

 

Comunicação Social TJSP – SB (texto) / RL (fotos)

imprensatj@tjsp.jus.br

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