A Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça de São Paulo promoveu, nesta sexta-feira (15), palestra virtual com o tema “Cultura não é luxo, é direito”, em parceria com a Escola Judicial dos Servidores (Ejus). A conferência foi ministrada pelo juiz assessor da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ) para assuntos da Infância e da Juventude, Iberê de Castro Dias. Cerca de 350 pessoas assistiram ao evento, entre magistrados, servidores e público em geral.
O coordenador da CIJ, desembargador Reinaldo Cintra Torres de Carvalho, afirmou que muitos ângulos são analisados quando se trata de crianças e adolescente, “mas às vezes acabamos deixando de lado a cultura e o aprendizado não formal, o conhecimento voltado para a vida, o contato com aquilo que é realmente necessário”.
Apresentando o palestrante do dia, o juiz Marco Aurelio Bortolin, da Vara da Infância e da Juventude e do Idoso de Araraquara, disse que é preciso pensar numa proteção integral, “o que significa permitir a todos o exercício pleno dos direitos fundamentais de desenvolvimento”.
Durante sua fala, o juiz Iberê de Castro Dias, titular da Vara da Infância e da Juventude Protetiva e Cível de Guarulhos, falou que é costume negligenciar o direito ao esporte e à cultura, por exemplo, “como se isso não precisasse entrar na cesta básica”. “Precisamos olhar para a cultura, por força da própria determinação constitucional, como algo absolutamente essencial para ao desenvolvimento psicossocial de crianças e adolescentes”, completou, utilizando durante sua explanação legislações diversas, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Convenção sobre os Direitos da Criança.
Ao final, o magistrado falou sobre o ApadrinhArte, projeto que busca formas de inserir em ambientes culturais crianças e adolescentes que morem em casas de acolhimento ou com famílias acolhedoras ou que estejam na Fundação Casa. “A cultura é essencial para adequada formação humana”, afirmou.
Em seguida, a pedagoga e gerente do Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (Saica) Nossa Família II – Jardim Guapira, Cristiane Regina, contou experiências presenciadas de abrigados em ambientes culturais e disse: “Esse projeto de vocês é valoroso e muito importante. Para nós, enquanto profissionais, também é gratificante, porque vemos nossas crianças e nossos adolescentes realizando sonhos”.
A gravação ficará disponível no próprio e-mail marketing utilizado para a divulgação do evento ou clicando aqui.
Comunicação Social TJSP – SB (texto) / KS (reprodução e arte)
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