O Tribunal de Justiça de São Paulo encerrou, hoje (22), a formação da segunda turma do treinamento “Práticas Inclusivas de Atendimento ao Público”, realizada desde quarta-feira (20) no Fórum João Mendes Júnior. O objetivo foi capacitar servidores e funcionários terceirizados no atendimento a pessoas com deficiência. O presidente da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão, desembargador Irineu Jorge Fava, conduziu os trabalhos no último dia.
Aproximadamente 300 pessoas participaram da atividade, realizada pela Seção de Acessibilidade e Inclusão da Diretoria de Apoio aos Servidores (Daps) em parceria com a Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) e a Escola Judicial dos Servidores (EJUS).
O desembargador Irineu Fava destacou a importância das práticas inclusivas para um ambiente de trabalho saudável, com tratamento e linguagens adequados. "Que este seja o pontapé para a formação de uma cultura mais consciente. Esse curso nos ensina que não basta termos boa intenção para ajudar, precisamos fazê-lo da forma correta. Isso também é fundamental para o resultado da nossa atividade junto ao jurisdicionado”, declarou. A diretora da Daps, Patrícia de Rosa Pucci Canavarro, orientou os participantes sobre o atendimento ao público. “A ideia é que saibamos receber melhor os funcionários, advogados, partes e todas as pessoas com deficiência que procuram o TJSP”, afirmou.
Durante o treinamento, servidores com deficiência visual, auditiva ou de locomoção instruíram os participantes sobre situações que podem surgir na rotina de trabalho. A escrevente da Seção de Acessibilidade e Inclusão Fernanda Fernandes Gonsalez de Oliveira ensinou sobre a condução de pessoas com deficiência visual. “Para chamar alguém, toque a pessoa levemente ou chame-a pelo nome e se identifique. O mais adequado é oferecer o braço ou o ombro, caminhando um passo à frente. Em escadas, coloque a mão da pessoa no corrimão, que é mais estável, e ande um degrau abaixo, em ritmo apropriado.”
A enfermeira judiciária Sheila de Souza Vieira apresentou tecnologias auditivas e instruiu sobre a comunicação com pessoas com deficiência auditiva leve, moderada ou profunda. “Uma dica é se aproximar ao máximo, para que a pessoa possa escutar, ler os lábios ou visualizar as Libras. Fale em velocidade normal e sempre de frente, pois o som alto ou a fala muito lenta podem atrapalhar”, disse.
O assistente jurídico Danilo Oliveira Freire orientou sobre a condução de pessoas com mobilidade reduzida. “Sempre pergunte se a pessoa precisa de ajuda, mas evite tocá-la sem que haja um pedido expresso. Em rampas, o melhor é subir de frente e descer de costas para que a pessoa não se desequilibre. O ideal é que os banheiros de uso preferencial estejam sempre livres”, salientou.
A servidora e intérprete de Libras Ariana Conceição dos Santos se colocou à disposição e divulgou o projeto Manhã com Libras, que ensina servidores de todo o Estado a Língua Brasileira de Sinais.
Ao final, foi realizada uma atividade de conscientização, em que os participantes vivenciaram situações cotidianas para as pessoas com deficiência, com utilização de cadeiras de rodas, muletas e bengalas. Também foi entregue o guia de acessibilidade do TJSP e a cartilha de combate ao capacitismo, desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Treinamento “Práticas Inclusivas de Atendimento ao Público” – a primeira turma foi capacitada em projeto-piloto, realizado no ano passado, para servidores e funcionários terceirizados que atuam como agentes de fiscalização no Fórum João Mendes Júnior. Nesta segunda turma, as aulas alcançaram agentes de fiscalização dos prédios Palácio da Justiça, Complexo Judiciário do Ipiranga, Complexo Administrativo da Consolação, Complexo Administrativo do Patriarca, Prédio Pedro Lessa, Garagem Conde de Sarzedas, Pátio do Colégio e Prédio Administrativo da Glória, bem como servidores da Diretoria de Cerimonial e Relações Públicas. O objetivo é que o curso seja expandido a todos os edifícios da Capital e do Interior, presencial ou virtualmente.
Comunicação Social TJSP – BC (texto) / LC (fotos)
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