Em continuidade às atividades da 1ª Semana de Acessibilidade, iniciada no último dia 2, o Tribunal de Justiça de São Paulo promoveu na quarta (4) e na quinta-feira (5) duas apresentações musicais e uma visita monitorada de estudantes surdos ao Palácio da Justiça, ambas com interpretação em Língua Brasileira de Sinais (Libras).

O grupo de samba Renatinho 7 Cordas & Amigos, liderado por Carlos Renato Silva dos Reis, escrevente do TJSP, que tem deficiência visual, animou frequentadores, servidores e magistrados em shows no hall de entrada do Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães na quarta-feira, e no Fórum João Mendes Júnior, hoje. Com repertório composto por nomes consagrados do gênero tipicamente brasileiro, as apresentações de cerca de uma hora reuniram dezenas de pessoas, que puderam fazer pedidos de músicas.

No Fórum Criminal, o juiz diretor Paulo Eduardo de Almeida Sorci deu as boas-vindas ao público e também aos artistas. "Estamos muito felizes por recebê-los aqui. Sejam muito bem-vindos. Recebam nosso carinho e voltem sempre." Já no João Mendes, prestigiaram a roda de samba inclusiva as juízas assessoras da Presidência do TJSP Maria Rita Rebello Pinho Dias e Paula Lopes Gomes (Tecnologia, Gestão e Contratos), Ana Claudia Dabus Guimarães e Souza de Miguel e Tatiana Magosso (Recursos Humanos) e a juíza diretora do fórum, Laura de Mattos Almeida.

Apaixonado por samba, Renatinho 7 Cordas é músico há quase 30 anos, tem canção gravada pelo ExaltaSamba e já tocou com famosos da música brasileira. Juntamente com Bal Anacleto, no tantan, Renan Rocha, pandeiro, e Paulinho Coimbra, cavaquinho, sua banda interpreta clássicos eternizados nas vozes de Adoniran Barbosa, Benito Di Paula, Jorge Aragão e Zeca Pagodinho, entre outros artistas.

Visita monitorada

Na manhã desta quinta-feira (5), um grupo de 34 estudantes com deficiência auditiva, com idade entre 16 a 22 anos, participou de uma visita guiada ao Palácio da Justiça, sede do TJSP. A programação foi acompanhada pela equipe da Diretoria de Relações Institucionais do Palácio da Justiça e contou com intérprete de Libras cedida pelo TJSP, a fim de propiciar uma visita totalmente acessível ao grupo.

Os alunos cursam o ensino médio do Instituto Santa Teresinha, primeira entidade de ensino privada especializada na educação de surdos de São Paulo, atuando na cidade desde 1933.

Os jovens conheceram a história do prédio, construído pelo renomado arquiteto Ramos de Azevedo, e ambientaram-se à notável arquitetura do edifício, considerado monumento histórico de valor arquitetônico e interesse cultural pelo Condephaat desde 1981.

O passeio de duas horas iniciou no Salão dos Passos Perdidos, saguão de entrada, seguido da palestra "Formação e Evolução do Judiciário Paulista", no Salão do Júri, local de julgamento desativado em 1988, atualmente utilizado para eventos especiais. Na abertura para perguntas, os visitantes mostraram-se curiosos e interessados, fazendo diversas perguntas, algumas complexas, como o conceito filosófico da ideia de Justiça e a lógica de aplicação de penas.

Os estudantes seguiram para o quarto andar, na Sala Advogado José Adriano Marrey Júnior, espaço destinado à exposição de acervo raro da Corte bandeirante, e concluíram a incursão no quinto e último andar, no Salão Nobre Ministro Manoel da Costa Manso, local das sessões do Órgão Especial e reuniões do Conselho Superior da Magistratura."

É difícil encontrar em museus e atrações em geral, públicos ou privados, a estrutura que vimos aqui, com acessibilidade necessária para uma boa experiência aos nossos alunos", disse Edson da Silva Prates, professor do Instituto Santa Teresinha. Além dele, as professoras Adriana Aparecida Pedro Andrade e Cibele Barbalho também acompanharam a visita.

A 1ª Semana de Acessibilidade do Tribunal de Justiça de São Paulo é uma iniciativa da Comissão Permanente de Acessibilidade, com apoio da Coordenadoria de Apoio aos Servidores (CAPS) e da Escola Judicial dos Servidores (EJUS). 

Comunicação Social TJSP – AL e TM (texto) / PS (fotos)

imprensatj@tjsp.jus.br