A Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça de São Paulo realizou, nesta sexta-feira (16), a palestra “Errar faz o humano - A forma como nos relacionamos com nosso erro ou o do outro contribui para relações mais solidárias, em uma cultura de paz, ou para uma cultura de violência, tanto na educação das crianças e jovens, quanto nas relações pessoais e profissionais”. Em parceria com a Escola Judiciária dos Servidores (EJUS), o webinar contou com palestra da mestra em Psicologia da Aprendizagem e do Desenvolvimento Humano pelo Instituto de Psicologia da USP Carmen Silvia Cintra Torres de Carvalho. O evento contou com a participação de 526 pessoas, entre magistrados, servidores e público em geral.
Na abertura da palestra, o coordenador da CIJ, desembargador Reinaldo Cintra Torres de Carvalho, disse que a tarde seria de aprendizado. “Quem sabe não conseguimos mudar nossa vida a partir de uma convivência melhor numa sociedade mais pacificada, urbana e humana”, afirmou. Para o juiz Egberto de Almeida Penido, também integrante da CIJ, falar de cultura de paz é um “ato de resistência, necessário e importantíssimo”. “Quando falamos disso, falamos da nossa humanidade e essência”, completou.
Durante o webinar, foram abordados assuntos como aprendizagem, princípios do empirismo, certo e errado, consequências da forma de educar, troca de conhecimento, erro em perspectiva construtiva e educação da paz. Segundo a palestrante, a educação da paz passa por uma escuta verdadeira, respeita-se o pensar diferente, confia-se na capacidade do outro e há convivência ética. Ela também ressaltou a importância de não entender o erro de forma negativa, “mas como trabalho natural da construção do conhecimento”.
“A forma como aprendemos está ligada à maneira como me constituo como indivíduo e cidadão, significa a maneira como me vejo, como atuo no mundo, os projetos de vida que faço, minha possibilidade de conviver comigo, com o outro e todas as formas de vida”, acrescentou, dizendo que educar para a paz é ajudar o outro a se autoconhecer, “a compreender o mundo, suas experiências e relações, a cooperar, ser empático, resolver seus conflitos de forma não violenta, saber-se independente e responsável por suas ações e pelo bem-estar da sociedade”. A palestra estará disponível nas páginas de vídeos da Coordenadoria da Infância e da EJUS.
Comunicação Social TJSP – SB (texto) / AC e PS (foto)