A Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) promoveu nesta sexta-feira (11), em parceria com a Escola Judicial dos Servidores (Ejus), palestra virtual com o tema “Reflexões para desenvolver a ‘escutatória’: uma escuta ativa para um diálogo eficaz”. A palestra foi ministrada por Carmen Silvia Carvalho, mestre em Psicologia da aprendizagem e do desenvolvimento humano pelo Instituto de Psicologia da USP e formada em Cultura da Paz na Associação Palas Athena Brasil. O evento, transmitido ao vivo para público interno e geral, contou com mais de 500 participantes.
O desembargador Reinaldo Cintra Torres de Carvalho, coordenador da CIJ, e o juiz Egberto de Almeida Penido, membro da Coordenadoria e orientador dos trabalhos do Grupo Gestor de Justiça Restaurativa do TJSP, promoveram a abertura do webinar. “O tema que trataremos hoje é extremamente importante, mas, infelizmente, esquecido muitas vezes. É uma matéria bastante complexa, bastante dita, mas pouco executada ou talvez não executada da forma como deveria ser. Para nós, magistrados, servidores e técnicos, saber ouvir é fundamental”, refletiu o desembargador. “Este tema não tem nada de passivo. Exige treino e empatia o tempo todo para poder contribuir de forma mais efetiva e eficaz”, considerou o juiz Egberto Penido. Em seguida, a juíza Sirley Claus Prado Tonello, membro da Coordenadoria da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo deu continuidade ao evento, apresentando a palestrante.
“Nós vivemos em sociedade e nessa convivência somos convidados a uma troca que pressupõe necessariamente a escuta do outro. Abrange a escuta de si mesmo, do outro, da sociedade, da natureza e tantas outras formas e espaços necessários de escuta”, iniciou a psicóloga. Ela levantou questões para reflexão do público - como o porquê de a escuta ser tão importante, o que nos leva a não escutar o outro, quais as implicações da falta de escuta e o que precisamos desenvolver para ampliar nossa capacidade de escuta de si e do outro.
“A escuta pede silenciamento interior. Então, ela pressupõe entrega e a entrega pressupõe um interesse genuíno. Como terceiro ponto, podemos dizer que escutar verdadeiramente pressupõe não julgar; e seguidamente, também pressupõe buscar o melhor do outro com intenção positiva; por último, escutar é significar o que está por trás das palavras e atitudes”, pontuou. Para concluir, Carmen Silvia Carvalho elencou ainda os benefícios que a prática da escuta produz. “Por meio da escuta, você ouve o melhor do outro; as pessoas saem da solidão; aumentam os resultados positivos nos relacionamentos; nos torna mais empáticos; os ambientes de trabalho tornam-se mais humanizados e agradáveis; as relações familiares tornam-se pacificas e amorosas; a sociedade torna-se menos violenta e mais respeitosa; e o resultado de tudo isso é sempre mais felicidade”, encerrou.
Ao final da palestra, a especialista respondeu às perguntas e comentários do público.
Comunicação Social TJSP – TM (texto) / PS (foto)
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