A Escola Judicial dos Servidores (EJUS), em parceria com a Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) e com a Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP), iniciou na sexta-feira (10) o curso Formação de assistentes sociais e psicólogos judiciários. Ministrado presencialmente e a distância, o curso teve 1.140 inscritos, sendo 607 servidores do Tribunal de Justiça de São Paulo, de 237 comarcas, e 533 servidores de outros tribunais de Justiça, abrangendo 19 estados. As aulas prosseguem até o dia 22 de novembro.
A abertura do evento foi feita pelo coordenador da CIJ, desembargador Reinaldo Cintra Torres de Carvalho, que destacou a relevância do curso. “A ideia é que tenhamos profissionais absolutamente preparados e conhecedores da vida do Poder Judiciário, conscientes da importância do papel desempenhado pelos psicólogos e assistentes sociais dentro do sistema de Justiça”, ressaltou.
A vice-coordenadora da CIJ, desembargadora Gilda Cerqueira Alves Barbosa Amaral Diodatti, salientou o valor do trabalho do técnico para subsidiar as decisões dos operadores do Direito. “Ampliou-se a atuação do setor técnico, que passou a ser igualmente um agente de atuação junto à rede de proteção e atendimento. Os laudos nos dão embasamento e propiciam os encaminhamentos para prevenção de novas situações de vulnerabilidade e conflito”, completou.
Também compôs a mesa de abertura a coordenadora em exercício do Núcleo de Apoio Profissional do Serviço Social e da Psicologia da CIJ, Andrea Svicero. A formação tem o objetivo de qualificar os servidores para o desempenho das atribuições nas diversas varas e em ações que demandem medidas protetivas, além de oferecer suporte teórico e prático para a atuação, com enfoque na pluralidade de organizações familiares. Busca-se ainda favorecer a percepção dos profissionais sobre os impactos da violência no âmbito doméstico, e instrumentalizar os profissionais para atuarem no contexto dos processos judiciais.
A primeira mesa, com a temática “Defesa dos direitos das crianças e adolescentes e suas famílias em foco”, teve exposição do juiz Heitor Moreira de Oliveira, do promotor de Justiça Lelio Ferraz de Siqueira Neto, da defensora pública Ligia Mafei Guidi e da assistente social Melina Miranda. Ao longo dos debates, foram abordados os aspectos fundantes do Sistema de Garantia de Direitos e da construção de uma rede de proteção eficaz para esses grupos, inclusive com a particularidade da atenção na primeira infância.
Na sequência, foi realizada a mesa “A promoção dos direitos de crianças e dos adolescentes e suas famílias – articulações possíveis”, que explorou as estratégias de articulação e possíveis medidas para promover os direitos das crianças, dos adolescentes e de seus grupos familiares, reforçando as responsabilidades dos diversos atores envolvidos nesse processo. Asexposições foram feitas pelos psicólogos Allan de Mattos e Eliana Kawata e pelas assistentes sociais Vanessa Helvécio e Erica Ferreira de Souto Silva.
MB (texto e fotos)