Justiça na comunidade

PJ na Alta Paulista segue engajado em projetos sociais.

 

A missão do Poder Judiciário é resolver os conflitos da sociedade, para preservação dos direitos, julgando processos ou utilizando outros métodos adequados. E mesmo durante a quarentena imposta pela pandemia da Covid-19, o Tribunal de Justiça de São Paulo se adaptou rapidamente e segue firme em seu propósito. Mas, além de julgar processos ou de promover conciliações, magistrados e servidores – parte integrante de suas comunidades – seguem engajados em projetos e campanhas para diminuir a desigualdade social, pacificar conflitos em núcleos familiares e ajudar a quem mais precisa.

Um bom exemplo de envolvimento da Família Forense na solução de problemas da sociedade se encontra na região da Alta Paulista, nas comarcas de Adamantina, Flórida Paulista e Pacaembu e que também compreende os municípios de Irapuru, Flora Rica e Mariápolis. Vários projetos já foram desenvolvidos pelo Judiciário na região, em parceria com o Ministério Público e as prefeituras, especialmente na área da Educação, levando informação e conhecimento de direitos e deveres para as crianças e adolescentes e, também, para os professores.

A juíza Ruth Duarte Menegatti, diretora dos fóruns de Adamantina e Flórida Paulista, desenvolveu ou participou de, pelo menos, dez projetos sociais na região, a maioria deles divulgados no site do TJSP. Na quarentena, ela se sensibilizou com a situação de estudantes e professores da rede de ensino público em razão da suspensão das aulas presenciais. Ruth Menegatti afirma:Em escolas particulares, vimos a agilidade na adaptação das aulas para a nova realidade. Por isso, sentimos que podíamos ajudar e levantar a bandeira da igualdade no campo público, para que os estudantes não perdessem o ano letivo. Esse é um problema de todos nós”. A magistrada conta que muitos professores da rede pública não estavam familiarizados com ambientes virtuais, o que poderia prejudicar os alunos. Para ajudar, Judiciário e Ministério Público local se uniram para oferecer um suporte a partir do projeto “Reinventar o Aprender e Criar Novas Formas de Ensinar”.

A iniciativa conta com o trabalho da psicoeducadora Denise Freire, custeado com valores das penas pecuniárias, que assessora virtualmente professores, diretores e coordenadores. Com a crise, esses profissionais precisaram repensar conteúdos, reorganizar os métodos e otimizar o tempo, com o uso de novas ferramentas tecnológicas. As atividades têm o apoio das Secretarias de Educação dos municípios envolvidos. “Recebemos um retorno muito positivo dos profissionais da Educação. Eles contam que se sentiram mais amparados para essa nova fase da forma de ensinar”, destaca a magistrada.

Elaine Cassia da Silva é coordenadora da Escola Municipal Otaviano José Correa, em Flórida Paulista. Ela conta que as reuniões com Denise Freire são semanais e, nos encontros virtuais, a psicoeducadora aborda os temas indicados pelos próprios professores. “Nós sugerimos os assuntos que mais nos preocupam e ela faz uma apresentação na semana seguinte”, explica Elaine Silva.

Inspirado pelo projeto e tocado pela situação que vivemos hoje, com o distanciamento social, o professor Aguinaldo Pontes, de Adamantina, escreveu a música “Vamos construir juntos um novo normal”, que fala sobre as mudanças no ensino, a saudade que docentes sentem de seus alunos e como, mesmo a distância, esses profissionais permanecem à disposição dos estudantes. A letra emocionou a juíza Ruth Menegatti, que buscou apoio de amigos para a produção de um videoclipe. O material foi oferecido como um presente para Adamantina no aniversário da cidade, em 13 de junho.

 

“Eu sei que está sendo tão difícil você aí e eu aqui.

A gente aprendeu a te amar como um membro da família.

Estou sentindo a sua falta (...)

Somos professores, porque amamos educar.

Constituímos sonhos e somos parte do futuro.

Essa escola nunca vai te abandonar.”

Trecho da música Vamos construir juntos um novo normal

 

Também em Adamantina, Menegatti participou de outro projeto pós-pandemia – o “Marmita Solidária”. Ela foi convidada pelo professor Ricardo Mendes, diretor da Escola Municipal Eurico Leite de Morais, a participar da ação que levou alimentação a estudantes e seus familiares. A distribuição de marmitas ocorreu no bairro Jardim Adamantina, logo no início da pandemia, quando ainda não havia sido implantado o auxílio emergencial do governo.

Com o apoio da Igreja Amor e Cuidado, de empresas e de voluntários, foram preparadas mais de 2.500 marmitas para 114 famílias. “São pessoas que moram em uma área muito carente e estão sofrendo com a pandemia e seus reflexos na economia. Nos unimos para ajudar e oferecer algo que não deve faltar pra ninguém – um prato de comida”, conta a juíza. Agora, o projeto segue em outras regiões da cidade.

A região da Alta Paulista pode ser considerada uma referência em projetos que aproximam o Judiciário da população. No ano passado, por exemplo, foi criado o projeto “Igualdade Humana”, em escolas da rede municipal de Adamantina e Pacaembu. A juíza Ruth Menegatti, a cientista educacional Fátima Pacheco e Denise Freire desenvolveram um trabalho de capacitação de professores, para que o conteúdo da igualdade de gênero fosse tratado de forma lúdica entre crianças de 7 a 11 anos. Eles aprendem por meio de jogos, como o “Jogo do Quem Pode”, que demonstra que todos são capazes de realizar qualquer tarefa, independente do sexo.

 

N.R.: texto originalmente publicado no DJE de 24/6/20.

 

Comunicação Social TJSP – CA (texto) / Divulgação (fotos)

  imprensatj@tjsp.jus.br

 

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