Juízas participam de live sobre a campanha Sinal Vermelho contra Violência Doméstica

Magistradas do TJSP destacam a importância da denúncia.
 
As juízas do Tribunal de Justiça de São Paulo Maria Domitila Prado Manssur e Vanessa Ribeiro Mateus participaram, na última sexta-feira (24), de live sobre a campanha Sinal Vermelho contra Violência Doméstica, realizada pelo Conselho Regional de Farmácia de São Paulo. Promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), a iniciativa cria mecanismos de denúncias em farmácias do Brasil inteiro. 
“Essa é uma ação de altíssima responsabilidade social. Temos convicção de que estávamos corretos ao iniciar essa campanha. A sociedade tem sido cada vez menos tolerante com a violência contra a mulher e a iniciativa mostrou ter uma força gigante”, destacou a diretora da AMB Mulheres, juíza Maria Domitila Prado Manssur. A magistrada lembrou que, enquanto os casos de feminicídio aumentavam durante os primeiros meses da quarentena, os números de casos de violência doméstica denunciados caíam.
De acordo com a juíza Vanessa Ribeiro Mateus, presidente da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis), as farmácias foram consideradas como o melhor local para denúncia por promoverem saúde, estarem sempre abertas e inspirarem segurança nas mulheres em risco. Após a adesão das grandes redes, a campanha agora pretende capilarizar o serviço para farmácias menores, de bairro, para que chegue às comunidades mais afastadas. “O esperado é que a campanha deixe de ter dono, que ela se espalhe e atinja o maior número de pessoas possíveis”, disse. 
Sobre a conduta dos farmacêuticos e atendentes, as juízas ressaltaram que o mais importante é que seja mantida a calma e a discrição. Caso a vítima esteja sozinha ou tenha condições de aguardar a polícia, o recomendado é ligar para o serviço de emergência da Polícia Militar, 190. Caso a mulher esteja acompanhada do agressor e o atendente avalie que a vítima não pode aguardar a intervenção, o recomendado é que ele colha o máximo de dados que puder, sob o pretexto de preencher uma ficha cadastral, e encaminhá-los a uma rede de acolhimento. “A pior coisa que pode acontecer é a mulher não ser acolhida ao dar o primeiro e mais importante passo para cessar essa violência”, ressaltou Vanessa Ribeiro Mateus. 
 
    Comunicação Social TJSP – AA (texto) / Reprodução (fotos)

 

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