Oito grupos com total de 132 homens já participaram.
O Núcleo de Práticas Restaurativas da Comarca de São José do Rio Preto, com coordenação do juiz Evandro Pelarin, iniciou em março deste ano o programa Dizher – Diálogos Restaurativos para Homens, direcionado a autores de violência doméstica. A iniciativa busca contribuir para o cumprimento da disposição da Lei Maria da Penha sobre a participação de agressores em programas de recuperação e reeducação.
Ao todo, oito grupos foram atendidos pelo projeto. Cada turma participa de seis encontros semanais com duração de duas horas. Dos 164 homens atendidos em uma primeira abordagem pela equipe de acolhimento, sob a coordenação da profissional voluntária Clarice Schieber Fernandes, 132 frequentaram regularmente as oficinas reflexivas, com a participação da facilitadora em processos circulares Leide Patrícia Mozin. Destes, 93,42% afirmaram terem colhido benefícios com os conteúdos dos encontros, especialmente quanto a respeito, paciência e outros temas abordados. Além disso, entre os participantes que concluíram o programa há seis meses, não houve nenhum registro de reincidência. Objetiva-se, assim, promover a responsabilização, a mudança do comportamento violento e a melhoria das relações interpessoais e sociais desse público. Uma nova turma será iniciada ainda no mês de outubro.
O trabalho é coordenado por assistentes sociais judiciárias, em conjunto com a Vara da Infância e Juventude e a Vara da Violência Doméstica, e as oficinas contam com o envolvimento de médicos, psicólogas e um professor de história, todos voluntários. A ação tem também a parceria das instituições de ensino superior UNIRP, UNILAGO e UNORTE, da Associação Bem Comum e da Comissão de Justiça e Paz da diocese do município.
No último dia 30, em reunião com a presença do juiz da Vara de Violência Doméstica de São José do Rio Preto, Alcêu Corrêa Junior, da promotora de Justiça Heloisa Gaspar Martins Tavares, e da coordenadora do Cartório, Gabriela Peres, foi realizado um balanço das atividades.
Comunicação Social TJSP – MB (texto)
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