Reunião na Casa da Mulher Brasileira.
A Vara Central de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher realizou, hoje (24), reunião do projeto “De Portas Abertas com a Rede”, voltado a mulheres em situação de violência doméstica com medidas protetivas vigentes. A roda de conversa ocorreu na Casa da Mulher Brasileira, conduzida pela juíza Joanna Palmieri Abdallah, pela promotora de Justiça Juliana Gentil Tocunduva e pela assistente social da Casa da Mulher Brasileira Bianca de Souza.
“Nesse segundo encontro do semestre do programa De Portas Abertas com a Rede vamos falar sobre o ciclo de violência, violência contra a mulher no âmbito privado e ação coletiva, tipos de violência e suas consequências”, explicou a juíza Joanna Palmieri Abdallah.
Em seguida, a promotora de Justiça Juliana Gentil Tocunduva falou da relação entre violência e o papel social da mulher. “Na forma como nossa sociedade foi concebida, cabe à mulher o cuidado da casa, dos filhos, da saúde e da manutenção da família. Não existe nenhum problema em exercer esse papel, desde que seja uma escolha e que seja valorizada”, destacou. A promotora lembrou que o Brasil é o quinto país que mais mata mulheres e que o agressor muitas vezes é visto pela sociedade como uma boa pessoa, um bom pai, um bom colega de trabalho. “A vítima sofre com todos os tipos de violência dentro de uma relação que muitas vezes aparenta ser uma forma de amor, mas vai escalonando, podendo chegar ao ápice, com o feminicídio”, reforçou.
A assistente social Bianca de Souza falou sobre os serviços oferecidos na Casa da Mulher Brasileira e o acolhimento às mulheres. “Elas precisam desse acolhimento para conseguir retomar a vida e sua autoestima”, explicou. A profissional destacou que a solicitação de medidas protetivas ocorre após reiteradas agressões e quando a rede de apoio da vítima já está enfraquecida.
De Portas Abertas com a Rede – É um espaço de diálogo e acolhimento de mulheres em situação de violência doméstica e familiar e profissionais da rede de apoio, que possibilita a troca de experiências, inserção na rede de proteção e identificação de situações de violência. O projeto promove rodas de conversa, orientações jurídicas e encaminhamentos das vítimas.
Comunicação Social TJSP – GC (texto)
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