Servidores e magistrados acompanharam hoje (9), no Fórum João Mendes Júnior, mais uma edição do Outubro Rosa no Tribunal de Justiça de São Paulo, evento celebrado anualmente para promover a conscientização sobre o câncer de mama e compartilhar informações sobre a doença. Esse é o terceiro ano que o Tribunal participa do movimento, divulgando materiais informativos e promovendo palestras e espaços de discussão sobre o assunto para incentivar o autoexame e a mamografia, providências que levam ao diagnóstico precoce e ampliam a chance de cura deste tipo de câncer.
A juíza da 2ª Vara Criminal de Santo André e integrante da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJSP (Comesp), Teresa Cristina Cabral Santana Rodrigues dos Santos, abriu o encontro e explicou que o objetivo das palestras do dia é ajudar a promover políticas públicas voltadas para o assunto. “Espera-se ampliar a compreensão sobre os desafios no controle do câncer de mama, que não depende apenas da realização da mamografia, mas também do acesso ao diagnóstico e ao tratamento com qualidade e no tempo oportuno”, disse.
O ginecologista e especialista em mastologia, Valter da Cunha Sales, explicou que a história do movimento surgiu em 1985, em uma ação conjunta da indústria farmacêutica e da Sociedade Americana de Câncer. “A campanha começou na década de 80 nos Estados Unidos. Em 2002 teve início no Brasil. No País foram diagnosticados 57 mil casos em 2014, com 14 mil mortes. Também ficou constatado que a doença já atingiu 83 servidores e magistrados do nosso Tribunal, 45% desse total tinha menos de 50 anos”, disse.
Ainda de acordo com médico, a prática de atividade física – e, consequentemente, a adesão de hábitos saudáveis – e a detecção precoce são as melhores maneiras de evitar a doença.
Bruna Salani Mota, médica coordenadora do Setor de Mastologia do Hospital das Clínicas, falou sobre o rastreamento do câncer de mama. “A ideia é poder identificar os pacientes que têm o risco da doença, estabelecer medidas e começar o tratamento para impedir que o câncer apareça.” Ela também explicou que, para pacientes com alto risco de câncer de mama, o rastreamento mamográfico deve ter início aos 25 anos, associado a exames mais sensíveis, como ultrassom e ressonância. Também disse que em determinados grupos de risco é sugerido a quimioprevenção – utilização de medicamentos para reversão, bloqueio ou prevenção do surgimento do câncer – e a cirurgia redutora de risco, com a retirada da mama.
Ao final das exposições, duas participantes foram convidadas a contar suas experiências. Uma delas se submeteu ao teste genético e optou por realizar a cirurgia redutora de risco. A outra, que teve o diagnóstico positivo para o câncer de mama, contou que conviver com a doença não é fácil, mas viver vale muito mais a pena.
No encerramento, a juíza da 16ª Vara Criminal da Capital e também integrante da Comesp, Maria Domitila Prado Manssur, agradeceu a presença de todos e entregou duas lembranças às depoentes.
O encontro também foi prestigiado pela juíza da Vara do Foro Central da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher e integrante da Comesp, Elaine Cristina Monteiro Cavalcante, e pela presidente do Comitê de Ação Social e Cidadania (CASC) do Tribunal, Maria Luiza de Freitas Nalini.
Outubro Rosa – A terceira edição do evento, que reuniu 132 participantes na Capital e foi transmitido para outros 670 no interior do Estado pela modalidade online, teve o apoio da Escola Judicial dos Servidores (EJUS), da Secretaria da Área da Saúde (SAS), do Comitê de Ação Social e Cidadania (CASC) e da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário (Comesp).
Comunicação Social TJSP – AG (texto) / DG (fotos)
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