A Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário do Estado de São Paulo – Comesp – promoveu hoje (29), nas dependências do Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães, na Barra Funda, o 2º Encontro de Assistentes Sociais – Violência, Conservadorismo e Defesa de Direitos, em comemoração ao Dia do Assistente Social.
A abertura do evento ficou a cargo da juíza titular da Vara do Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Elaine Cristina Monteiro Cavalcante, que cumprimentou os presentes, destacando a importância de encontros como este “para a troca de experiências e fortalecimento dos vínculos que nos unem enquanto servidores públicos”.
Em seguida apresentou a primeira palestrante do dia, a assistente social Maria Elisa dos Santos Braga, mestre em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), onde se graduou há 28 anos. Por 22 anos trabalhou na Casa Eliane de Grammont e atualmente leciona Ética e Serviço Social na Universidade Nove de Julho. Ela falou sobre o tema “Os desafios do Serviço Social no enfrentamento do conservadorismo e da violência”. A professora abordou a evolução da participação da mulher na sociedade desde as sociedades antigas e a importância que exerceram no desfecho da revolução Francesa, enfrentando a realeza no Palácio de Versalhes e na tomada da Bastilha. Após dar destaque ao movimento feminista, a palestrante terminou sua fala abordando a crescente violência que vem sendo cometida contra elas e o marco representado pela promulgação da Lei Maria da Penha.
A assistente social Maria de Fátima de Jesus Agostinho Ferreira tratou do tema “A Violência e a defesa de direitos na atuação do Serviço Social”. Ela começou falando de sua experiência profissional e da atuação do Serviço Social nos diversos setores do Tribunal de Justiça, em especial do trabalho realizado junto aos juízes, que muitas vezes necessitam de auxílio para a tomada de decisões. Ao término de sua palestra exibiu dois vídeos, relatando violência praticada contra mulheres e contra crianças e adolescentes.
O evento foi encerrado pela presidente do Comitê de Ação Social e Cidadania do Tribunal de Justiça de São Paulo (CASC), Maria Luiza de Freitas Nalini, representando o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas Pop Bela Vista), em nome da coordenadora Elisângela Nunes Carvalho e toda a equipe. Ela agradeceu a colaboração das assistentes sociais e das psicólogas do Tribunal de Justiça com o trabalho desenvolvido pelo CASC. E também fez questão de destacar o apoio específico que as psicólogas e assistentes sociais vinculadas à 1ª Vara da Infância e da Juventude Central têm dado às pessoas acampadas na rua, no sentido de encaminhá-las a um local onde possam receber atenção especial. O próximo passo, disse, é conseguir maior aproximação junto à área criminal, a fim de alcançar os egressos do sistema prisional.
Maria Luíza lembrou a atenção que o presidente do TJSP, desembargador José Renato Nalini, tem dedicado à conciliação e à mediação e a parceria que vem sendo desenvolvida em conjunto com os Centros de Educação Unificados em questões de direito de família. Encerrou a solenidade parabenizando as assistentes sociais, que exercem, segundo ela, “uma profissão que não é reconhecida como deveria”.
Comunicação Social TJSP - RP (texto)
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