COORDENADORIA DA MULHER EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR DO PODER JUDICIÁRIO (COMESP)

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Comunicado

REFLEXOS DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NA SAÚDE FEMININA SÃO ASSUNTOS DE PALESTRA DA EJUS

A Escola Judicial dos Servidores (EJUS) realizou hoje (10), com apoio da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário do Estado de São Paulo (Comesp), a palestra ‘Reflexos da Violência Doméstica na Saúde da Mulher’, com Karina Barros Calife Batista.
O evento reuniu 130 servidores e magistrados em auditório do Fórum João Mendes Júnior e foi transmitido a outros 789 participantes, que assistiram à apresentação na modalidade on-line.
A coordenadora da Comesp, desembargadora Angélica de Maria Mello de Almeida, explicou que o evento faz parte da Semana Nacional de Combate à Violência Contra a Mulher, que prevê a ampliação da pauta de audiências e sessões de julgamento de casos relacionados à violência contra a mulher. A título de exemplo, as varas de violência doméstica promoveram 84 audiências ontem (9) nas comarcas da Capital, Guarulhos, Santo André e São José dos Campos.
A palestrante, que é médica, expôs panorama sobre a violência doméstica na área da saúde, falou das diferenças entre os tipos de agressões – físicas, psicológicas e sexuais – e comentou os serviços de atenção primária à saúde. “Percebemos que é preciso oferecer espaço privilegiado de escuta e observação e que se não tivermos profissionais sensibilizados, a oportunidade de acolhimento passará”, afirmou.
Ela divulgou resultado de estudo realizado com mulheres de 15 a 49 anos, vítimas desse tipo de violência, e com profissionais dos serviços de saúde quanto à percepção do problema. “Se considerarmos qualquer dos três tipos de agressão, 56,2% das 335 mulheres entrevistadas na cidade de São Paulo já foram vítimas de parceiros ou ex-parceiros. Os profissionais que atendem essas mulheres conhecem poucos lugares, não sabem como funcionam ou para quem encaminhar os casos, e o acolhimento depende da disponibilidade pessoal de cada profissional.”
Para Calife Batista, o desafio é que a violência contra a mulher seja entendida como questão de saúde pública e que, como tal, precisa de intervenção social e políticas públicas específicas.
As juízas integrantes da coordenadoria Elaine Cristina Monteiro Cavalcante, Maria Domitila Prado Manssur Domingos e Tereza Cristina Cabral Santana divulgaram projetos e apresentaram práticas vitoriosas desenvolvidas no Estado, a fim de serem compartilhadas e incentivadas. Ao final, participantes esclareceram dúvidas com a convidada.

Mostra – Aberta no Salão dos Passos Perdidos do Palácio da Justiça, a exposição Capítulos da Violência Doméstica e da História da Mulher no Brasil integra as ações participativas do Dia Internacional da Mulher e da Semana Nacional de Combate à Violência Doméstica. Ela é uma realização da Comesp e da Vara do Foro Central da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de São Paulo, com a curadoria do Museu do TJSP.

Foro Regional de Santana – Na segunda-feira (9), mulheres que figuram como ofendidas em processos de violência doméstica e familiar contra a mulher na Vara da Região Norte participam de oficina lúdica realizada pelo Projeto Íntegra.

Comunicação Social TJSP – AG (texto)
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