O Tribunal de Justiça de São Paulo, considerado por muitos o maior do mundo, aderiu ao Outubro Rosa, movimento internacionalmente conhecido pela luta contra o câncer de mama. O nome remete à cor do laço que simboliza a iniciativa, que tem o apoio de empresas e instituições públicas. No Judiciário paulista, algumas ações foram promovidas em comarcas do Interior e na Capital.
Ontem (22), pela manhã, a Secretaria da Área da Saúde (SAS) do TJSP e a Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comesp) promoveram a palestra “Câncer de mama – atualidades e perspectivas”, com o mastologista José Roberto Filassi. O evento aconteceu no Fórum João Mendes Júnior e teve o apoio da Presidência, da Corregedoria Geral da Justiça (CGJ) e do Centro de Treinamento e Apoio aos Servidores (Cetra).
O presidente da Seção Criminal do Tribunal, desembargador Antonio Carlos Tristão Ribeiro, que estava presente, destacou a importância do Outubro Rosa em todo o mundo e a relevância da palestra para a qualidade de vida de servidores e magistrados da instituição. Também participaram as juízas Maria Domitila Prado Manssur Domingos, Elaine Cristina Monteiro Cavalcante Carla Germana e Teresa Cristina Cabral Santana Rodrigues dos Santos (Comesp), e o secretário da SAS, Tarcísio dos Santos.
A abertura da exposição ficou a cargo do coordenador de Assistência à Saúde da SAS, o médico ginecologista Valter da Cunha Sales. Ao abordar o tema câncer de mama, Sales mencionou o programa Saúde da Mulher, que acontece todo mês de março no TJSP. Ele destacou a atividade física como item necessário à prevenção da doença, bem como a consulta anual com um médico.
José Roberto Filassi, que proferiu palestra para mais de 420 pessoas (presentes no auditório do fórum ou que acompanharam por transmissão online), é chefe do Setor de Mastologia e professor livre-docente da disciplina de Ginecologia da Faculdade de Medicina de Universidade de São Paulo (FMUSP); chefe do Setor de Mastologia do Hospital das Clínicas e diretor científico da Sociedade Brasileira de Mastologia de São Paulo.
“O câncer de mama é a doença maligna mais comum entre as mulheres e no Brasil a incidência maior ocorre entre 50 e 54 anos”, afirmou Filassi. Ele explicou que detectar a doença na fase inicial é um dos trunfos da medicina atual, que contribui com os altos índices de cura. Daí a importância de todas as mulheres, a partir dos 40 anos, realizarem a mamografia anual. Há dois tipos de prevenção: primária, que evita o desenvolvimento da doença, e secundária, que é o diagnóstico em fase precoce.
O palestrante também elencou possíveis estratégias na prevenção primária: praticar atividades físicas regularmente; evitar sobrepeso; limitar consumo de bebidas alcoólicas; evitar emoções negativas (estresse e depressão); amamentar pelo menos seis meses em cada gestação; dar preferência a uma dieta com frutas e legumes; trocar gordura saturada por óleos ricos em gorduras insaturadas; consumir suplemento da vitamina D e ácido fólico.
“A quimioprevenção também é utilizada na fase primária. Consiste no uso de medicamentos que reduzem a possibilidade de aparecimento da doença em mulheres de risco aumentado. Há ainda as cirurgias redutoras de risco, indicada para grupos específicos”, afirmou o palestrante.
O professor também falou sobre inovações e perspectivas – rastreamento, tratamento e prevenção. “A mamografia digital com contraste é um grande avanço no diagnóstico precoce”, afirmou. Para finalizar, Filassi ressaltou que a grande maioria das alterações da mama são benignas e não são câncer. “A prevenção deve começar em idade jovem para impedir o início das alterações nas células. O diagnóstico precoce, até o momento, é a condição mais segura para a cura da doença.”
Também ontem, ao final da tarde, o TJSP promoveu no Salão dos Passos Perdidos do Palácio da Justiça uma apresentação musical em apoio ao Outubro Rosa, com a pianista Juliana D’Agostini, que tocou seus compositores favoritos: Chopin, Liszt e Beethoven.
O presidente do Tribunal, desembargador Ivan Sartori, agradeceu a presença da pianista e a parabenizou por sua apresentação excepcional. “A presença dela se deve ao projeto ‘Clássicos no Tribunal’. O Outubro Rosa no TJSP é um evento patrocinado pela SAS e pela Comesp, que contribui com a diretriz de valorização do servidor”, afirmou.
Ao longo do concerto, a iluminação do Palácio da Justiça, prédio histórico de São Paulo e sede do TJSP, recebeu o tom rosa. A ação de iluminar monumentos, prédios e pontes tomou proporções mundiais, como, por exemplo, a Torre de Pisa (Itália), o Arco do Triunfo (França) e o Cristo Redentor (Rio de Janeiro-BR). A iluminação rosa é compreendida como a união dos povos pela saúde feminina.
Ações no Estado
Comarcas do interior também promoveram ações em apoio ao Outubro Rosa. Recente notícia publicada no site do TJSP divulgou iniciativas das comarcas de Itapeva e Rio Claro. Em Itapeva, lâmpadas rosa foram colocadas nas entradas dos corredores e na fachada do fórum. A equipe de Rio Claro confeccionou panfletos informativos e laços de fita rosa – alusivos à campanha – distribuídos durante o mês.
Na Comarca de Sumaré, os funcionários se uniram em prol da iniciativa e na última sexta-feira (18) foram para o trabalho vestidos com camisetas cor de rosa.
Comunicação Social TJSP – VG (texto)
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