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Palestra da CIJ alerta sobre lesões não intencionais na infância e na adolescência

Destaque para os cuidados e prevenção.  
 
A Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) e a Escola Judicial dos Servidores (EJUS) do Tribunal de Justiça de São Paulo realizaram, na última sexta-feira (25), a palestra “Lesões não intencionais na infância e na adolescência”, ministrada pela médica do Hospital Israelita Albert Einstein e presidente do Departamento de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade de Pediatria de São Paulo, Tania Maria Russo Zamataro. O encontro foi mediado pela juíza condutora dos trabalhos do Núcleo de Interlocução para Políticas em Primeira Infância e integrante da CIJ, Michelli Vieira do Lago Ruesta Changman.   
A palestrante abordou as principais lesões não intencionais (LNI) existentes, como acidentes de trânsito, queimaduras, quedas, afogamentos e asfixia. Segundo a médica, houve uma mudança significativa em relação a causa de óbitos entre crianças e adolescentes nos últimos anos. “Com a melhoria das condições de vida, observamos um aumento de casos de lesões não intencionais, que, hoje, consideramos como um grande vilão que eleva o número de mortes e de sequelas”, explicou. 
A pediatra apontou fatores que aumentam os riscos para crianças pequenas, como habilidade limitada de reconhecer perigos, desejo natural de explorar e falta de conhecimento e recursos para evitar situações inseguras. Para crianças maiores e adolescentes, destacou o interesse por desafios e comportamentos de risco, especialmente em grupo, além passarem mais tempo sem supervisão.   
Outro ponto discutido foi a asfixia por aspiração de corpos estranhos. Tania Zamataro esclareceu que a incidência é mais alta entre crianças menores de três anos. “Isso acontece porque, nessa idade, elas ainda não possuem os dentes molares, o que dificulta a trituração do alimento. A deglutição também é mais imatura, com maior frequência de erros. Além disso, a via aérea é menor, com tosse menos eficaz que a de um adulto,” pontuou.   
Por fim, a palestrante falou sobre afogamentos, considerada a terceira principal causa de morte por LNI no mundo, e ressaltou que a falta de supervisão adequada é um dos principais fatores de risco. Ao final, compartilhou dicas para tornar a casa mais segura e respondeu às dúvidas dos participantes. 
 
Comunicação Social TJSP – FS (texto) / KS (Reprodução e arte)  
 
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