Comunicação Social

Notícia

CIJ promove palestra sobre liberdade religiosa de crianças acolhidas

 Respeito às identidades e vivências espirituais.  

 
A Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) e a Escola Judicial dos Servidores (EJUS) do Tribunal de Justiça de São Paulo realizaram, na sexta-feira (4), a palestra “Liberdade religiosa na infância em contextos de acolhimento institucional e adoção”. O antropólogo e babalorixá Rodney William Eugênio conduziu a exposição do tema, com mediação do juiz integrante da CIJ Egberto de Almeida Penido.
O magistrado iniciou o evento falando sobre os objetivos e a importância da discussão. “Esse tema é importante principalmente em tempos que desafiam a liberdade religiosa, além de ajudar a compreender a assistência religiosa dentro de um estado laico”, disse Egberto de Almeida Penido.
A assistente social judiciário da CIJ Camille Soares de Aguiar compartilhou uma experiência profissional na qual uma criança acolhida pediu para que a família adotante fosse umbandista. “Espero que mais pessoas, principalmente psicólogas, psicólogos e assistentes sociais, possam dar importância a esse tema.”
O palestrante iniciou a discussão trazendo questões da escravização e do racismo, que fizeram das religiões de matriz africana um lugar de acolhimento e pertencimento para muitas pessoas. “O primeiro papel social do candomblé e de outras religiões de matriz africana foi de reconstituir a família africana que foi esfacelada na escravização”, comentou. Sobre o caso da criança que pediu por pais da mesma religião, ele enfatizou que “respeitar a religião é fundamental não só para que a criança viva a religiosidade de criação, mas para que ela possa viver em um lar que compreenda as suas escolhas, sua individualidade e subjetividade”.
Por fim, compartilhando experiências pessoais, o antropólogo abordou os desafios enfrentados por crianças negras, principalmente as que estão em acolhimento institucional, no que se refere à continuidade de suas práticas religiosas. “Quando falamos de cor e religião podemos falar de fatores de rejeição, mas, para essa criança, são fatores de inclusão, pois ela quer se identificar pelas pessoas que vão adotá-la”, disse.
 
Comunicação Social TJSP – BL (texto) / KS (reprodução e arte)
 
Siga o TJSP nas redes sociais:


O Tribunal de Justiça de São Paulo utiliza cookies, armazenados apenas em caráter temporário, a fim de obter estatísticas para aprimorar a experiência do usuário. A navegação no portal implica concordância com esse procedimento, em linha com a Política de Privacidade e Proteção de Dados Pessoais do TJSP