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Desembargador Francisco Rossi se despede do Tribunal de Justiça

        A 11ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça prestou hoje (3) homenagem ao desembargador Francisco Vicente Rossi que se despede da magistratura. O presidente da Câmara, desembargador Ricardo Dip, ao dar início às homenagens, classificou Francisco Rossi “como um paradigma ético para a classe da magistratura” e passou a palavra do desembargador Pedro Cauby Pires de Araújo, que, concordando com a afirmação, enalteceu o homenageado como um ser humano maravilhoso, que transmite paz àqueles que com ele convivem, pelo seu comportamento, sempre disposto a dialogar, a conversar. Devo muito a ele, “não apenas pelo conhecimento jurídico, mas por esse seu lado humano”.

        O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Ivan Sartori, fez questão de comparecer à Câmara e prestar sua homenagem ao "querido amigo Francisco Rossi, magistrado trabalhador, afável, de uma cultura ímpar e de conversa fácil. Sua saída do Tribunal vai deixar uma lacuna, vai deixar saudades, embora tenho certeza de que continuará prestando a sua colaboração, onde quer que esteja, assim com sempre fez desde que aqui  chegou, vindo pelo Quinto Constitucional. Não estamos aqui para nos despedir, mas para o saudarmos, pois tenho a certeza de que sempre continuará dando a sua contribuição à Justiça".
        O desembargador Sidnei Romano dos Reis ressaltou que o momento não deveria ser de muita pompa nem de formalidades, pela  própria personalidade do desembargador. Dirigindo-se ao homenageado, prosseguiu: “Na verdade V. Exa. vai deixar uma marca no coração de todos nós, ligada ao respeito e à felicidade, de uma personalidade que é o espelho de uma alma bondosa”. Falando em nome dos integrantes da 10ª Câmara de Direito Público, o desembargador Ricardo Cintra Torres de Carvalho destacou o prazer de conviver com Francisco Rossi, lembrando de duas características marcantes do homenageado: a primeira é a alegria e o sorriso constante em seu rosto; a outra, a calma com que sempre enfrentou as situações, por mais complicadas que se apresentassem.  

        O desembargador Arthur Marques recordou de sua primeira audiência como juiz, em 1979, em que o advogado de uma das partes era Francisco Rossi que, embora não tivesse obtido sucesso na causa deixou a sala de audiência com um sorriso. Mas tarde, voltaram a conviver em mais duas situações: na magistratura e na PUC de Campinas. O desembargador Luis Ganzerla também se lembrou do início da convivência entre ambos, ainda no extinto Tacrim, antes da unificação dos tribunais e posteriormente como colega de Câmara, quando sempre estiveram lado a lado, em especial quando Francisco Rossi foi seu revisor. Na sequência, foi a vez do atual presidente da Seção de Direito Criminal do TJSP, desembargador Antonio Carlos Tristão Ribeiro, deixar seu abraço em seu nome e de todos os colegas da Seção, pois enaltecer as qualidades do homenageado como magistrado e como ser humano já foi feito por aqueles que o antecederam. “Francisco Rossi se despede hoje da toga, mas não das pessoas”, completou.

        O desembargador Oscild de Lima Júnior, também integrante da 11ª Câmara, fez questão de ratificar  tudo o que foi dito sobre as qualidades de Francisco Rossi. Nesse sentido, revelou sobre sua relação com o homenageado: “o convívio com um ser humano que fez deste ser humano um ser melhor. Não tenho muito o que falar, só que aprendi com você. Só o que posso dizer é obrigado, obrigado, obrigado. Obrigado por você existir”. O desembargador Sérgio Coimbra Schmidt, da 7ª Câmara de Direito Público, falou do encontro de ambos na última sexta-feira, em um almoço durante a visita que o presidente Ivan Sartori fez a Campinas, do qual participava também um desembargador que se aposentou há oito anos e que apresentava um ótimo semblante. Conversando a respeito da aposentadoria, o desembargador aposentado disse ter temido a chegada da aposentadoria, na época, por não saber o que fazer após tantos ano dedicados à magistratura. Gostaria assim, neste momento, de destacar o destemor do Francisco Rossi, um advogado de sucesso que anos atrás deixou a movimentada banca da advocacia e ingressou no desconhecido universo da magistratura e hoje, sorridente, deixa a magistratura e enfrenta um novo desafio.

        Também integrante da 11ª Câmara, o desembargador Aroldo Viotti, falou que não poderia ficar sem registrar o seu agradecimento ao desembargador Francisco Rossi, uma pessoa que deixa um rastro de humanidade e bondade em sua trajetória. Outro membro da 11ª Câmara, o desembargador Luís Paulo Aliende Ribeiro ressaltou dois momentos importantes de sua vida marcados pela presença do desembargador Francisco Rossi: ter iniciado sua carreira na magistratura em Campinas, onde Rossi atuava como advogado na época e estar presente à homenagem por sua aposentadoria hoje.

        O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), desembargador Henrique Nelson Calandra, foi o último a se manifestar. Falou em nome dos 15 mil juízes que a entidade representa, dizendo do orgulho que sente por ter participado do dia em que Francisco Rossi ingressou na magistratura. Calandra elogiou a postura do homenageado como magistrado e as suas qualidades, em especial a humildade. “A magistratura brasileira agradece a você e quero aqui deixar registrado em seu coração o meu muito obrigado”, finalizou.

        Ao final foi a vez de o desembargador Francisco Rossi agradecer à homenagem dos colegas, dizendo-se “chocado com tantos amigos presentes” nas dependências da 11ª Câmara. “Vocês estão me matando de carinho”, prosseguiu. "Neste momento é difícil falar qualquer coisa" e lembrou um verso do poeta Paulo Bomfim. “Passamos uma época da vida colecionando emoções, passamos outra colecionando saudades...” Agradeceu aos servidores do gabinete presentes e lembrou um pensamento que lhe foi revelado por seu tio, o cardeal Dom Agnelo Rossi, segundo o qual “o melhor lugar do mundo é onde Deus nos quer”. Sobre a aposentadoria, disse ter se preparado para isso e concluiu: “tudo passa, só o amor permanece. Vou levar todos vocês em meu coração”.

        Também participaram da sessão de despedida do desembargador Francisco Rossi os desembargadores Jarbas de Aguiar Gomes, Reinaldo Miluzzi, Urbano Ruiz, Teresa Ramos Marques, Maria Laura Tavares, Aguilar Cortez, Paulo Galizia, Guerrieri Rezende, Moacir Peres, Moacir Peres e Evaristo dos Santos

        Natural de Jundiaí, Francisco Vicente Rossi é bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC/Campinas), de onde foi também diretor durante o período de 1994 a 98. Foi nomeado juiz do 1º Tribunal de Alçada Civil de São Paulo pelo critério do Quinto Constitucional – classe advogado – em agosto de 2001 e juiz do Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo, removido por ato de outubro do mesmo ano. Tornou-se desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo nos termos da Emenda Constitucional nº 45, de dezembro de 2004, tendo tomado posse em fevereiro de 2005. 

        
        Comunicação Social TJSP – RP (texto) / AC (fotos)

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