Desembargador Jurandir de Sousa é homenageado em sua última sessão de julgamento
A 18ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo homenageou hoje (25) o desembargador Jurandir de Sousa Oliveira, em razão de sua aposentadoria, que será publicada no próximo dia 2.
O presidente do TJSP, desembargador Ivan Sartori, compareceu especialmente à sessão de julgamento para prestar sua homenagem ao colega, cumprimentou os presentes e disse sentir uma enorme satisfação em poder participar daquele momento de veneração. O presidente ressaltou a trajetória reta e brilhante do homenageado, que também é coordenador da Família e Sucessões do TJSP: “Quero dizer, em nome da Presidência do Tribunal de Justiça, que Vossa Excelência prestou relevantes serviços à magistratura. A carreira exige muito trabalho, por isso é importante a compreensão da família. Compareço a esta sessão para trazer esse abraço e apreço à sua pessoa”.
O presidente da Seção de Direito Privado, desembargador Antonio José Silveira Paulilo, afirmou que sempre teve o máximo de respeito pelo colega. “Homem de Deus, juiz sereno e amigo de todos. A aposentadoria compulsória afasta os colegas no auge da produtividade. Estarei sempre à disposição quando estiver gozando sua aposentadoria, embora merecida, mas não desejada”, declarou.
O desembargador Roque Antonio Mesquita de Oliveira disse que acompanha a carreira do homenageado desde o seu inicio e que o magistrado é um exemplo para todos: “Sentirei sua falta no aspecto físico, mas seus ensinamentos estarão sempre presentes”. Em seguida, ele entregou uma placa de metal em nome da 18ª Câmara.
Na sequência, o desembargador Carlos Alberto Lopes contou que durante dez anos teve uma feliz convivência com Jurandir de Sousa Oliveira. “O senhor jamais dirigiu uma palavra áspera aos funcionários, colegas e advogados e ainda deixou como ensinamento que as pessoas devem ser boas e generosas. Deus o proteja hoje e sempre.”
Rubens Cury e William Marinho de Faria teceram elogios ao desembargador pelo prazeroso convívio diário. “A aposentadoria pode parecer algo desastroso, triste, mas vejo com o exemplo do meu avô e do meu pai que é uma dádiva, pois permite estar mais próximo da família”, afirmou Alexandre Alves Lazzarini.
Jurandir de Sousa Oliveira, emocionado e com a voz embargada, agradeceu a presença do presidente Ivan Sartori, dos desembargadores, magistrados, servidores e familiares presentes à homenagem. “Hoje poderia ser um dia triste, mas está sendo alegre porque, depois de 31 anos e 8 meses, consegui chegar ao final da carreira com saúde e vi muito colegas que não conseguiram. Há um tempo para todos os propósitos. Há um tempo de ser desembargador e outro de deixar de sê-lo. Nada é eterno, nosso cargo é transitório e a regra do jogo é essa. Saio da magistratura, mas não deixo o direito. A vida não termina aqui. Vou continuar a ser eu mesmo”, finalizou.
Também estiveram presentes à singela cerimônia o presidente da Seção Criminal, Antonio Carlos Tristão Ribeiro; os desembargadores Artur César Beretta da Silveira, Fernando Luiz Sastre Redondo, Spencer Almeida Ferreira e Miguel Brandi; a juíza Monica Salles Penna Machado; a esposa do homenageado, Marlene, seus filhos, netos e familiares; servidores do cartório, do gabinete do desembargador e da Coordenadoria da Família e Sucessões.
A 18ª Câmara de Direito Privado é composta pelos desembargadores Carlos Alberto Lopes, Roque Antonio Mesquita de Oliveira, Rubens Cury e William Marinho de Faria.
Trajetória – Jurandir de Sousa Oliveira é natural de Echaporã e formou-se pela Faculdade de Ciências Econômicas de São Paulo – Fundação Álvares Penteado (turma de 1967) e pela Faculdade de Direito de Guarulhos (turma de 1971). Ingressou na magistratura em 1983, como juiz substituto nomeado para a 48ª Circunscrição Judiciária, com sede em Guaratinguetá. Atuou também em Colina, Andradina e São Paulo. Em 1996 foi removido para o cargo de juiz substituto em 2º grau e, em 2005, promovido a desembargador.
Comunicação Social TJSP – SO (texto) / AC (fotos)
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