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TJSP manifesta pesar pelo falecimento de Goffredo Telles Junior

    Em sessão do Órgão Especial realizada nesta quarta-feira (1º/07), o Tribunal de Justiça de São Paulo manifestou pesar pelo falecimento do jurista Goffredo da Silva Telles Junior, ocorrido aos 94 anos no dia 27 de junho.
    Ao pedir a palavra, o desembargador Antonio Carlos Malheiros, além da lembrança, sugeriu que seja feita uma homenagem ao advogado no Salão do Júri do Palácio da Justiça. A ideia foi aceita pelo presidente do TJSP, desembargador Roberto Antonio Vallim Bellocchi, que a considera merecida em vista da “grande obra inegavelmente deixada pelo jurista”.
    O presidente designou o desembargador Malheiros como orador em nome do Tribunal na homenagem a Goffredo Telles Junior, que será realizada oportunamente.

Breve currículo de Goffredo Telles Junior

    Nascido em 16 de maio de 1915, no centro de São Paulo, Goffredo Carlos da Silva Telles adotou o nome de Goffredo da Silva Telles Junior para evitar confusão com o nome do pai. 
    Soldado na Revolução Constitucionalista de São Paulo (1932), graduou-se em 1937 pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde foi professor e vice-diretor. 
    Lecionou durante quase 45 anos. Em 1985, por força de lei, foi aposentado compulsoriamente, ao atingir 70 anos de idade. Pouco antes de sua aposentadoria, e por voto unânime do Conselho Universitário, foi honrado com o título de Professor Emérito da Universidade de São Paulo. 
    Foi deputado federal constituinte em 1946 e deputado federal na legislatura 1946/1950. Em 1957, foi secretário da Educação e Cultura da Prefeitura de São Paulo. 
    Na noite de 8 de agosto de 1977, em plena vigência do regime militar, leu sua “CARTA AOS BRASILEIROS”, no pátio da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, diante de uma multidão de estudantes, populares, altas personalidades e de jornalistas, em comemoração ao sesquicentenário da Fundação dos Cursos Jurídicos no Brasil. O documento tornou-se marco decisivo no processo de abertura democrática no País. 
    Em sessão pública realizada no Salão Nobre da Faculdade de Direito da USP, em setembro de 1993, leu sua SEGUNDA CARTA AOS BRASILEIROS, em defesa da Constituição.  


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