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Palácio da Justiça apresenta nova iluminação externa e fachada restaurada

    O Tribunal de Justiça de São Paulo promoveu nesta terça-feira (21/7) a inauguração do novo sistema de iluminação do Palácio da Justiça, sede do Poder Judiciário, e a entrega da nova fachada do prédio, que passou por um minucioso processo de restauração.
    Dentre as autoridades presentes estavam o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Roberto Antonio Vallim Bellocchi; o vice-presidente Antonio Carlos Munhoz Soares; o corregedor-geral da Justiça, Ruy Pereira Camilo; senador Marco Maciel; o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab; o secretário de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania, Luiz Antônio Guimarães Marrey; o secretário municipal dos Transportes e de Serviços, Alexandre de Moraes; o secretário municipal dos Negócios Jurídicos, Cláudio Lembo; secretário municipal de Segurança, Edson Ortega; o deputado estadual Fernando Capez; e os desembargadores do TJSP Henrique Nelson Calandra, José Renato Nalini, Ademir de Carvalho Benedito, José Geraldo Barreto Fonseca, Antonio Carlos Malheiros e Pedro Luiz Gagliardi, além do  desembargador Amaral e Silva, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, e do presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Sérgio Resende.
    Na abertura da solenidade, o secretário municipal dos Transportes e de Serviços, Alexandre de Moraes, falou da “grande satisfação em poder hoje inaugurar com o presidente Vallim Bellocchi a primeira iluminação de um prédio público desse quilate em São Paulo”. “A iluminação não só vai realçar a beleza estética e arquitetônica do Palácio, mas, muito mais do que isso, destacar o brilho do Judiciário paulista, como um farol que não se apaga na distribuição da justiça”, afirmou Alexandre de Moraes.
    Em seguida, o prefeito Gilberto Kassab referiu-se ao sistema de iluminação do Palácio da Justiça como “um passo a mais na valorização e revitalização do centro de São Paulo”. Segundo ele, “a iluminação dá motivo para que os paulistanos e paulistas venham conhecer um pouco da história deste prédio. Parabéns ao desembargador Vallim Bellocchi por realizar este projeto”.
    Já o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, desembargador Roberto Antonio Vallim Bellocchi, falou sobre o projeto do Palácio, assinado pelo arquiteto de Ramos de Azevedo, e lembrou que a ideia do sistema de iluminação, que beneficia também a Praça Clóvis Bevilacqua e a Praça João Mendes, “surgiu em uma conversa despretensiosa de fim de tarde com o secretário Alexandre de Moraes e logo foi abraçada pelo prefeito Kassab”. Logo depois, o presidente e o prefeito Gilberto Kassab acionaram a nova iluminação do Palácio da Justiça.
    A solenidade foi encerrada com a apresentação da Orquestra Bachiana Jovem do Sesi/SP, integrada por 46 componentes, e por um grupo de ritmistas da escola de samba Vai-Vai, regidos pelo maestro e pianista João Carlos Martins.

A iluminação e o restauro da fachada

O projeto é do Departamento de Iluminação Pública (ILUME), da Prefeitura de São Paulo. A nova iluminação busca destacar as principais características do prédio preservando o conjunto arquitetônico, onde as luminárias ficam escondidas, de forma que quem passa pelo local não percebe a presença dos equipamentos. Ao todo foram instalados 486 projetores, dos quais 40 implantados no solo, com índice de proteção e estanqueidade adequadas, totalmente embutidos nas pedras de granito com a utilização de serras apropriadas para o corte. Projetores focais foram instalados em postes dirigindo seus feixes de luz nos objetos de destaque da fachada.
    Nos andares superiores luminárias especiais foram colocadas destacando-se as janelas e as colunas. Vale ressaltar que os conjuntos ópticos utilizados, projetores e luminárias, representam o que existe de mais moderno e eficiente com lâmpadas de vapor metálico de alta reprodução de imagens.
A execução da obra foi feita de forma rápida e cuidadosa. Além disso, trata-se de um projeto altamente econômico sob o ponto de vista da baixa potência instalada e de expressivo resultado alcançado, considerando o porte e a complexidade arquitetônica da fachada do Palácio da Justiça do Estado de São Paulo. O investimento foi de R$ 572 mil.
    Já as obras de restauro da fachada do Palácio da Justiça tiveram início em março de 2007 e foram concluídas agora, ao preço de aproximadamente seis milhões de reais.

História

    Centro de São Paulo, 24 de fevereiro de 1920. A pedra fundamental para a construção da sede do Poder Judiciário do Estado é lançada. O quartel da cavalaria que funcionara no local cede lugar à construção do Palácio da Justiça. Participam do evento várias autoridades, dentre elas, o presidente do Estado, Altino Arantes; o ministro do Tribunal de Justiça, Urbano Marcondes de Moura e o presidente do Instituto da Ordem dos Advogados, Francisco Morato.
    Desde 1911, o arquiteto Ramos de Azevedo estava incumbido do projeto do Palácio, mas a obra só foi iniciada em 1920 por causa dos problemas burocráticos e da demolição do quartel. Azevedo inspirou-se no Palácio da Justiça de Roma para criar o de São Paulo. Tinha como colaborador Domiciano Rossi. Por causa dos grandes espaços, foram utilizadas estruturas metálicas na sua construção, pioneira na engenharia brasileira. Os operários empregados na construção eram, na maioria, imigrantes italianos e espanhóis. 
    A construção teve contratempos que a retardou, como a Revolução de 1924,1930 e o Movimento Constitucionalista de 1932  que refletiram na economia estatal. Ocorreu também a morte de Ramos de Azevedo, em 1928, o que levou à elaboração de um novo contrato com os sucessores de seu escritório, Ricardo Severo e Arnaldo Dumont Vilares, que terminaram a obra.  
    A data de inauguração do Palácio é 2 de janeiro de 1933, mas antes mesmo do término da obra parte dos serviços criminais já estava funcionando no local. O fórum Cível e o Tribunal do Júri foram inaugurados em 15 de abril de 1927, com a participação do presidente do Estado, Júlio Prestes e seu secretário da Justiça, Salles Júnior.
    Houve também uma segunda data, em 25 de janeiro de 1942, da obra totalmente concluída, inclusive com a inauguração do Salão Nobre do 5º andar, como presente à cidade de São Paulo pelo seu 388º aniversário. 
    O projeto inicial do Palácio previa a construção de 3 pavimentos, considerado suficiente para abrigar os serviços judiciais na década de 20. Porém, percebendo a demanda judiciária, já naquela época, foram criados os 4º e 5º andares e o mezanino.  
    O prédio foi tombado em 1981, pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat). É considerado como monumento histórico de valor arquitetônico e interesse cultural, ligados aos mais nobres ideais do Direito e da Justiça.


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