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Órgão Especial homenageia presidente do TJSP e integrantes do CSM

        A última sessão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça presidida pelo desembargador José Renato Nalini, que ocorreu hoje (16), foi marcada pela emoção e por agradecimentos ao trabalho de todos os integrantes do Conselho Superior da Magistratura (CSM) no biênio 2014-2015.

        O desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, presidente eleito para o biênio 2016-2017, iniciou a homenagem e fez questão de destacar os projetos da gestão de seu antecessor, importantes para o avanço do Judiciário paulista. Entre eles, o “100% Digital”, que levou o processo eletrônico a todas as unidades do Estado, e a Unidade Remota de Processamento Digital, que auxilia a distância os cartórios judiciais de primeira instância no cumprimento de ações.

        “Nalini é um magistrado além do seu tempo. Tem uma visão de futuro que não pode ser desconsiderada”, disse Paulo Dimas. Os cumprimentos pela gestão foram extensivos aos desembargadores do CSM: Eros Piceli (vice-presidente), Hamilton Elliot Akel (ex-corregedor); Artur Marques da Silva Filho (presidente da Seção de Direito Privado), Ricardo Mair Anafe (presidente da Seção de Direito Público), Geraldo Francisco Pinheiro Franco (presidente da Seção de Direito Criminal) e Sérgio Jacintho Guerrieri Rezende (que foi decano da Corte).

        O atual corregedor-geral da Justiça, desembargador José Carlos Gonçalves Xavier de Aquino, que assumiu o cargo em outubro, também parabenizou o presidente pela gestão e destacou a implantação das audiências de custódia, projeto que serviu de modelo para outros tribunais do Brasil.

        Também fizeram uso da palavra para os desembargadores Dimas Borelli Thomaz Júnior, Antonio Carlos Villen, Ademir de Carvalho Benedito (eleito vice-presidente do Tribunal para o biênio 2016-2017), José Roberto Neves Amorim, Carlos Augusto Lorenzetti Bueno, Antonio Carlos Malheiros, Luiz Antonio de Godoy (eleito presidente da Seção de Direito Privado para o biênio 2016-2017), Renato Sandreschi Sartorelli.

        O vice-presidente Eros Piceli agradeceu pelas mensagens carinhosas dos colegas do Órgão Especial e ao trabalho, compreensão e amizade dos desembargadores do Conselho ao longo dos últimos dois anos. Também fez uma referência especial aos servidores. “O fim do mandato se apresenta e, com ele, a certeza da transitoriedade da existência, mas a esperança segura no futuro. O fato de exercer o cargo de Vice-Presidente deste Tribunal de Justiça de São Paulo muito me honrou e, tenham certeza, a ele dediquei toda limitada capacidade que possuo. Deixo-o feliz.” Veja a íntegra do discurso.

        O presidente Nalini, muito emocionado, em poucas palavras destacou o trabalho de sua equipe de juízes assessores e servidores e agradeceu as homenagens dos amigos. Também escreveu um texto para a despedida da Presidência do Tribunal.

CARTA DE DESPEDIDA

        Aquilo que parecia tão distante, chegou.                                             

        Quarenta e dois anos de pertença à Justiça. Primeiro no Ministério Público, de 1973 a 1976. Depois na Magistratura, de 1976 até o momento.

        A ela, Magistratura, devo tudo o que tenho, tudo o que sou. Tornei-me perito em alma humana. Conheci todas as condutas, todos os sentimentos, todos os anseios, aspirações, sonhos e utopias. Mas também aprendi a reconhecer decepções, frustações, ressentimentos, ódio, inveja, ambição.

        Quem se propõe a julgar precisa estar preparado. A Justiça é uma UTI social. Aqui estão as patologias de toda origem, aqui se deposita a plenitude da esperança, aqui se colhem alegrias – poucas – e tristezas – muitas.                   

        A experiência no Judiciário é muito impactante. Não há rotina, mas cada pretensão, cada pleito, cada processo é uma surpreendente e instigante provocação à nossa capacidade de decidir.

        Guardo a convicção de nunca ter voluntariamente procurado causar o mal de quem teve direitos ou interesses confiados ao meu discernimento. Procurei fazer justiça com humanidade e compaixão. Nunca deixei de estudar. Nem pretendo deixar agora. Concebo a vida como aprendizado contínuo.

        Sou imensamente grato a todos os que encontrei nesta jornada, muitos deles verdadeiros irmãos na fidelidade a ideais comuns, outros que me ensinaram com posturas contrárias e me fizeram enxergar outros ângulos de uma verdade poliédrica.

        Não consegui realizar tudo o que sonhei, naquela desmedida ambição de transformar o mundo. Mas nunca esmoreci. Até o último dia, procurei honrar os compromissos assumidos.

        Gratíssimo aos funcionários, fiéis e carinhosos, aos colegas e amigos, aos parceiros de cruzada, aos jurisdicionados que assimilaram o discurso contínuo, imutável e interminável. Minha gratidão aos demais Poderes, à mídia, à sociedade que nos sustenta e clama por um sistema Justiça cada dia mais adequado e eficiente.

        Despeço-me deste Plenário renovando a minha crença na Magistratura, no Judiciário, na Justiça como equipamento humano chamado a atenuar as aflições e tristezas do mundo e ao qual procurei servir e continuarei fiel, com escusas por aquilo que não consegui concretizar.

        Deus lhes pague a todos!

        José Renato Nalini

 

        Assista ao vídeo da homenagem.

        Comunicação Social TJSP – CA (texto) / GD e AC (fotos)
        
imprensatj@tjsp.jus.br


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