TJSP prestigia eventos comemorativos da Revolução Constitucionalista de 1932
O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, prestigiou hoje (9) cerimônias comemorativas ao 84º aniversário da Revolução Constitucionalista de 1932, realizadas em frente ao Obelisco Mausoléu no Ibirapuera, e na Assembleia Legistativa (Alesp).
Ibirapuera – Após execução do Hino Nacional, houve a transmissão simbólica do Comando do Exército Constitucionalista passando da professora Maria Odette Cruz para Elza D'Ambrosio Busato. O Corpo de Bombeiros transportou urnas contendo cinzas dos heróis de 32 e que foram conduzidas por cadetes da Academia de Polícia Militar do Barro Branco ao interior do Mausoléu, onde estão os corpos dos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, mortos na Revolução, iniciais deram origem à sigla MMDC. Houve a chamada simbólica dos heróis, executada salva fúnebre pelo 3º Batalhão de Policiamento de Choque (BPChq) e "Toque de Silêncio" por policial militar corneteiro, além da declamação da "Oração Ante a Última Trincheira".
Paulo Dimas, o governador Geraldo Alckmin, o presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez, o presidente do Tribunal de Justiça Militar, Silvio Hiroshi Oyama, e outras autoridades acompanharam o cortejo e depositaram coroas de flores, próximo ao túmulo do soldado jacente, estátua que representa os combatentes mortos na batalha. Dentre as urnas estavam as de Maria Leocadia de Lima Menezes Camargo, Washington Menezes Camargo e Jefferson Menezes Camargo, familiares da juíza da 7ª Vara Cível do Foro Regional de Santana, Ana Carolina Della Latta Camargo Belmudes.
Ainda no mesmo evento, foram entregues condecorações a Paulo Dimas e ao ex-presidente do TJSP, José Renato Nalini. A “Medalha Constitucionalista” é oferecida a personalidades que se destacam pelos relevantes serviços prestados a São Paulo e ao culto da Revolução Constitucionalista de 1932. O juiz da 1ª Vara da Família e das Sucessões da Comarca de Ribeirão Preto, Ricardo Braga Monte Serrat, foi agraciado com o "Colar Ibrahin Nobre". Para finalizar, o público prestigiou o desfile cívico e o militar.
Assembleia Legislativa – Na continuidade, o presidente do TJSP participou da solenidade comemorativa à data e para reverenciar os heróis de 32, realizada no Palácio 9 de Julho da Alesp. Na ocasião, Paulo Dimas e o desembargador da 6ª Câmara Criminal, Marco Antonio Marques da Silva, foram condecorados com a "Medalha da Constituição".
O presidente da Casa, Fernando Capez, passou a presidência da sessão ao deputado Coronel Telhada que, aproveitou para enaltecer não somente os combatentes de 32 como também a todos que participaram da Força Expedicionária Brasileira, durante a 2ª Guerra Mundial.
O Poema "Os Jovens de 32", de Paulo Bomfim, foi declamado por José Jantália e alunos da Escola Superior de Soldados da Polícia Militar, vestidos com roupas da época, encenaram "Revolução de 1932" no meio das autoridades e plateia. Algumas autoridades discursaram lembrando a saga dos combatentes. Paulo Dimas afirmou em seu discurso que o "homem público que possui responsabilidade de comando tem que arregaçar as mangas e trabalhar para resgatar valores e princípios". Em relação à PM, ele assegurou que "temos heróis anônimos defendendo a liberdade, a vida e o patrimônio das pessoas".
O evento foi encerrado ao som da Banda da PM que executou a Marcha Partis Belfort, de Farigoult, canção que embalou o movimento constitucionalista de 32.
Revolução de 32 – A Revolução Constitucionalista de 1932 foi um movimento armado ocorrido no Estado de São Paulo, entre os meses de julho e outubro de 1932, que tinha por objetivo a derrubada do Governo Provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova constituição para o Brasil. No total, foram 87 dias de combates, que totalizaram – oficialmente – 934 mortos, embora estimativas não oficiais reportem até 2.200 baixas.
Comunicação Social TJSP – LV (texto) / DG (fotos)