Palácio da Justiça expõe obras de artistas magistrados
Na tarde de hoje (4/11), foi inaugurada, no Salão dos Passos Perdidos do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, uma exposição de arte com obras dos semifinalistas do prêmio “A Arte da Magistratura”. O prêmio é uma realização da Academia Paulista de Magistrados e do Jornal da Justiça e tem como instituições parceiras o TJSP, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região, os tribunais regionais do trabalho da 2ª e 15ª regiões, além da Escola Paulista da Magistratura e da Associação Paulista de Magistrados.
A exposição traz 39 obras de artes plásticas (pintura, fotografia e escultura) escolhidas numa etapa inicial de seleção. A comissão julgadora foi composta por magistrados. O prêmio abrange também outros ramos da arte, como a literatura e a arquitetura. Esta é a primeira edição do prêmio e estão concorrendo a ele magistrados do TJSP e dos tribunais do trabalho do Estado de São Paulo. Magistrados federais de todo o país também participam. Foram mais de 170 os trabalhos inscritos e os vencedores serão escolhidos em março de 2010.
O desembargador Heraldo de Oliveira Silva, presidente da Academia Paulista de Magistrados, foi quem abriu o evento. Segundo ele, o objetivo do prêmio é incentivar a prática da arte como agente anti-estresse no exercício da magistratura. “A rigidez da sociedade moderna convencionou a divisão do trabalho como fator determinante para a eficiência profissional. As pessoas estão cada vez mais especializadas e individualizadas. A arte é uma forma de resgatar a totalidade da pessoa”, disse o desembargador, acrescentando que “todo magistrado é um artista da ciência jurídica”, mas que “alguns vão além”.
Também estiveram presentes ao evento o desembargador Antonio Carlos Viana Santos, presidente da Seção de Direito Público do TJSP e diretor cultural da Academia; a desembargadora Maria Cristina Zucchi (TJSP) e o jornalista Luiz Maurício, editor do Jornal da Justiça.
Os desembargadores Heraldo Silva e Viana Santos e o jornalista lembraram que a idéia do prêmio foi do colega Luiz Stefanini, desembargador do Tribunal Regional Federal da 3ª Região e diretor secretário da Academia. Luiz Maurício afirmou que o prêmio preenche uma lacuna existente no país referente à revelação de magistrados artistas. “O objetivo da exposição é mostrar o homem que há por trás da toga”, disse.
O desembargador Viana Santos, que foi um dos membros da comissão julgadora, também falou sobre a importância da iniciativa: “O juiz não é só processo, processo, processo. Esta foi uma oportunidade para que extravasassem seus pensamentos e sua arte.” Ele contou que algumas crônicas que concorrem ao prêmio de literatura dizem respeito justamente à vida estressante do magistrado.
A primeira edição do prêmio foi considerada um sucesso por seus idealizadores. Por esse motivo, na próxima edição poderão concorrer a ele todos os magistrados (juízes, desembargadores e ministros) do país. Também poderão participar magistrados portugueses e estadunidenses.
As obras ficarão expostas no Palácio da Justiça até o dia 13 de novembro. De 24 de novembro a 4 de dezembro, serão expostas no prédio da Escola Paulista da Magistratura (R. da Consolação, 1483).