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Crianças e adolescentes acolhidos participam de festa de Páscoa

Iniciativa reuniu  jovens e interessados no programa.

 

        A Vara da Infância e da Juventude do Foro Regional do Tatuapé promoveu, na tarde do último domingo (9), a “Páscoa do Programa de Apadrinhamento Tatu do Bem”, na Casa da Advocacia do Tatuapé. O evento, que foi destinado a crianças e adolescentes em serviços de acolhimento da região e a pessoas interessadas em conhecer e participar do programa de Apadrinhamento Afetivo, contou com a colaboração da Comissão da Infância e Juventude da Ordem dos Advogados do Brasil – Tatuapé, do Colégio Amorim e do Teatro Ruth Escobar.

        Ao todo, 22 crianças e adolescentes, com faixa etária entre nove e 17 anos de idade e que vivem nos abrigos sob jurisdição da vara, participaram do evento. Deste total, 17 estavam aptos ao apadrinhamento e os outros cinco já eram apadrinhados. Durante o encontro, os jovens comeram, brincaram, interagiram e ganharam muito chocolate. Já no final da tarde, assistiram à peça “O Mágico de Oz”, no teatro Ruth Escobar.

        De acordo com a juíza Gilda Cerqueira Alves Barbosa Amaral Diodatti, titular da vara, a ideia era fazer um evento que pudesse reunir os candidatos a padrinhos que já estão em processo de habilitação ou que querem saber como é o apadrinhamento, e apresentar as crianças e os adolescentes. “São crianças que pedem padrinhos e elas só precisam ser encontradas. Então, nossa ideia é aproximar essas pessoas e esperamos conseguir bons frutos”, disse a magistrada.

        Aline Queiroz da Cruz é ilustradora do projeto Tatu do Bem e madrinha há quatro meses de uma adolescente de 16 anos de idade. Para ela, é muito gratificante fazer algo para alguém que não teve as mesmas oportunidades que outros. “Com muito amor, carinho e acolhimento, você pode transformar a vida de uma pessoa”, afirmou.

        Diana Pedro já era madrinha na modalidade prestadora de serviço, dando aulas de reforço de matemática, e foi durante o encontro de Páscoa que decidiu apadrinhar a adolescente Maria (nome fictício), de 15 anos, para quem já dava aulas. “Eu conheci a Maria e me encantei por ela, que é um exemplo de adolescente, de menina, e agora vim me informar se podia fazer os dois apadrinhamentos e me disseram que eu podia”, contou. “Apesar de todo carinho e todo amor que os educadores dão para eles, que a gente vê, é importante ter essa convivência fora, que não seja com todos os adolescentes e crianças ao mesmo tempo”, enfatizou.

        Maria, que acabara de ser apadrinhada pela Diana, não conseguia conter o sorriso. “Antes eu ficava muito triste porque ninguém perguntava sobre ser padrinho. Quando vi que a Diana estava conversando, fiquei feliz, eu adorei a notícia de que ela seria minha madrinha. Espero que ela me visite, me leve pra passear e que nós possamos sair juntas e conversar”, disse.

        Já Zuleica Matte foi ao evento para conhecer um pouco mais sobre o programa e para ser uma candidata. Ela contou que ficou sabendo sobre o Apadrinhamento Afetivo por uma divulgação e desde então tem interesse em participar. “Queria um caminho para poder ver, visitar e apadrinhar para, futuramente, quem sabe, até adotar”, finalizou.

        Confira o vídeo do evento.

        Apadrinhamento – O programa de apadrinhamento é uma iniciativa que visa possibilitar a crianças e adolescentes acolhidos institucionalmente, com vínculos familiares fragilizados ou rompidos e remotas chances de adoção ou reintegração familiar, oportunidade de ter a experiência de uma vida em família e em comunidade. São três modalidades de apadrinhamento, cada uma com características diferentes:

        - Afetivo: consiste na visita regular à criança ou adolescente com possibilidade de ficarem juntos aos fins de semana, feriados e férias escolares, proporcionando convivência familiar e comunitária;

        - Prestador de serviços: visa ao serviço voluntário de profissional qualificado que se cadastre para atender participantes do projeto, conforme sua especialidade de trabalho. Poderão ser pessoas físicas ou jurídicas, mediante ações de responsabilidade social junto aos serviços de acolhimento;

        - Financeiro: busca dar suporte material ou financeiro, seja com a doação mensal em dinheiro ou com o patrocínio de cursos profissionalizantes, reforço escolar, práticas esportivas, lazer e cultura, consultas médicas e/ou tratamentos.

        Os interessados no apadrinhamento devem procurar a Vara da Infância e Juventude do Foro Regional do Tatuapé (Rua Santa Maria, 257 – sala 23 – térreo), de segunda a sexta feira, das 13 às 18 horas.

        Mais informações pelos telefones (11) 2092-7108, 2296-9860 e 2293-3642.

 

        Comunicação Social TJSP – VV (texto) / RL (fotos)

        imprensatj@tjsp.jus.br


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