TJSP e Polícia Civil promovem doação de objetos apreendidos em Sorocaba
Material foi entregue a três entidades assistenciais da cidade
Iniciativa do Poder Judiciário e da Polícia Civil de Sorocaba viabilizou a doação de objetos apreendidos em operações policiais a entidades assistenciais da cidade. Os itens, que estavam armazenados em salas de diversas unidades policiais, foram direcionados ao Grupo de Pesquisa e Assistência ao Câncer Infantil (GPACI), à Casa Transitória André Luiz e à Creche Especial Maria Claro.
A iniciativa – inédita no município – surgiu após visita correcional realizada pelo juiz da 1ª Vara Criminal e corregedor da Polícia Judiciária de Sorocaba, Jayme Walmer de Freitas, em dezembro do ano passado. Após conversar com delegados de polícia e promotores de Justiça que atuam na cidade, decidiu, juntamente com o delegado seccional Marcelo José Carriel Antonio, providenciar a doação dos objetos – que não estavam vinculados a inquéritos policiais ou processos criminais, mas a boletins de ocorrência registrados ao longo dos anos e que nunca tiveram seus proprietários identificados, tampouco foram reclamados por qualquer pessoa. “O mais interessante é que havia televisores, geladeiras, multifuncionais, cadeiras, roupas e outros objetos, sem vinculação a inquéritos ou ações penais. Na última correição do mês, junto à Delegacia Seccional, em conversa com o delegado seccional, doutor Marcelo Carriel, passei-lhe a sugestão de darmos destinação desses objetos a entidades de renome na cidade cadastradas nas varas criminais, e que teriam condições de fazer a retirada e posterior venda para seu próprio benefício”, disse o magistrado.
Cronograma previamente estabelecido em reuniões entre policiais civis e representantes das entidades beneficiadas definiu a entrega do material, que foi realizada durante todo o mês de março. O GPACI recebeu objetos oriundos das 4ª, 6ª e 8ª Delegacias de Polícia; à Casa Transitória André Luiz coube o material armazenado nos 3º e 5º DPs e na Delegacia de Investigações Gerais (DIG); e os objetos guardados nos 1º e 2º DPs e na Delegacia de Investigação sobre Entorpecentes foram destinados à Creche Especial Maria Claro. O trabalho de separação, organização, arrolamento, imagens dos objetos e formalização dos termos de doação foi coordenado pelo delegado de polícia assistente da Delegacia Seccional de Sorocaba, Fabrício Lopes Ballarini.
Para o juiz Jayme Walmer, a doação do material trouxe benefícios a todos os envolvidos, uma vez que desocupou salas nos distritos policiais e promoveu destinação social aos objetos e consequente atendimento à população local. “O objetivo primeiro foi o de desocupar os prédios, a fim de que tivessem uma utilização voltada para seu fim maior, atender à população quando vitimada por crimes, em geral. Em segundo lugar, foi unir o Poder Judiciário e a Polícia Civil em um propósito maior, ajudar as entidades e, consequentemente, a população de Sorocaba. Em terceiro, mostrar que é possível transmitir notícias agradáveis, de altruísmo e solidariedade, diferentemente do dia a dia dos noticiários nacionais. Em quarto, o fim social, pois todos os recursos obtidos serão revertidos em prol de questões humanitárias. A ideia é que essas doações sejam feitas anualmente.”
A Creche Maria Claro atende 122 crianças especiais. A Casa Transitória André Luiz presta cerca de dois mil atendimentos ao ano e assistência a mais de 50 crianças com transtornos de déficit em aprendizagem e hiperatividade e o GPACI oferece assistência a crianças e familiares de Sorocaba e várias outras cidades no tratamento do câncer infantil.
N.R.: texto originalmente publicado no DJE de 19/4/17.
Comunicação Social TJSP – AM (texto) / Divulgação (fotos)