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Constelação Familiar no Judiciário é tema de palestra no Fórum João Mendes Júnior

Foram abordadas técnicas para solução consensual de conflitos.

 

        O Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do Tribunal de Justiça de São Paulo, em parceria com a Escola Judicial dos Servidores (EJUS), promoveu a palestra “A Constelação no Judiciário”, que aconteceu na “Sala do Servidor”, Fórum João Mendes Júnior, nesta quarta-feira (22). Com a presença da palestrante Adhara Campos Vieira, analista judiciária do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o objetivo foi demonstrar as técnicas da constelação familiar e divulgar sua importância como instrumento de resolução de conflitos no Judiciário. O evento teve transmissão online para comarcas do interior e litoral, contando com mais de 441 participantes presenciais e a distância.

        O coordenador do Nupemec, desembargador José Carlos Ferreira Alves, fez a abertura da palestra dizendo que a solução dos conflitos é o que interessa ao Poder Judiciário e que a constelação pode ser uma ferramenta de auxílio nessa tarefa. “Como diria Leonardo da Vinci, simplicidade é o último grau de sofisticação”, citou. Segundo o magistrado, a ideia é impactar de forma sistêmica e humana, com um conjunto de práticas voltadas para transformar a realidade individual e social. Imperam o princípio da dignidade e a autonomia da pessoa humana para soluções sistêmicas do bem-estar individual e coletivo.

        A palestrante Adhara Campos falou um pouco do histórico da técnica, deu várias dicas bibliográficas sobre o assunto e chamou servidores presentes como voluntários para simular como tudo acontece. “Na nossa cultura positivista, muitas vezes acabamos não levando em consideração questões emocionais, mas Kant já dizia que o homem é feito de sensível e inteligível”, analisou. Ainda segundo Adhara, a constelação não envolve julgamento moral e, em certos temas, como alienação parental, o sucesso é de 100%. “Resolvemos os litígios de uma maneira singela, mas efetiva. Quando cada um assume a sua parte no problema, a relação fica mais leve. Sei que o tribunal já possui servidores atuando ou com interesse na constelação”, disse.

        É o caso da funcionária do TJSP Regina C. Fagundes, presente na palestra. Ela não só conhecia a prática, como já tinha participado de duas constelações em sua vida particular. “É uma técnica terapêutica. No decorrer do processo, vem o entendimento sobre acontecimentos passados que impactam no presente e, assim, conseguimos resolver o núcleo do conflito em diversas áreas humanas. Não só no âmbito familiar, mas no cível, por exemplo, é possível ser aplicado”, falou.

        O juiz coordenador do Cejusc Central, Ricardo Pereira Junior, encerrou o evento entregando o certificado de participação à palestrante e afirmou que está impressionado com a técnica. “O Poder Judiciário deve olhar para dentro de si e buscar caminhos mais suaves que atinjam o cerne da questão. O juiz resolve a questão processual, a parte superficial do problema, mas também é necessário pensarmos na solução efetiva do problema entre as partes, a pacificação social. Esse é um projeto que me emociona, toca na minha alma”, finalizou.

 

        Sobre a Constelação Familiar:

        A Constelação Familiar é uma técnica desenvolvida pelo terapeuta e filósofo alemão Bert Hellinger. Quando aplicada, ela propicia a uma pessoa verbalizar um problema pessoal, examiná-lo, e, se possível, superá-lo. No âmbito do Judiciário, é chamada de Direito Sistêmico e auxilia as partes a esclarecerem o que há por trás do conflito que gerou o processo judicial. Em geral, a ferramenta é aplicada em litígios que abordam questões de origem familiar, como violência doméstica, endividamento, guarda de filhos, divórcios litigiosos, inventário, adoção e abandono. Um terapeuta especializado comanda a sessão.

 

        Comunicação Social TJSP – SB (texto) / RL (foto)

        imprensatj@tjsp.jus.br


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