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Desembargador Renato de Salles Abreu Filho é homenageado antes da aposentadoria

Magistrado ocupou cargo de presidente da Seção Criminal.

 

O desembargador Renato de Salles Abreu Filho participou, na manhã de hoje (11), de sua última sessão de julgamento no 6º Grupo de Câmaras de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo. “Emocionante e triste o momento que agora vivo”, afirmou Salles Abreu, que ocupou o cargo de presidente da Seção de Direito Criminal do TJSP no biênio 2016/2017 e provém de uma família de magistrados: é filho do desembargador Renato de Salles Abreu e irmão do juiz Luiz Antonio de Salles Abreu.

Ao abrir a sessão, o presidente da 12ª Câmara de Direito Criminal, desembargador Carlos Vico Mañas, concedeu a palavra ao presidente da Corte bandeirante, desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco. Contando aos presentes sobre o início da amizade entre os dois, que começou através dos pais, ambos também desembargadores, Pinheiro Franco disse que o colega seguiu os passos do pai, como homem e magistrado. “É um juiz extraordinário, compromissado, extremamente preocupado com as coisas da Corte, do tipo de pessoa que veio ao mundo semear o bem, colaborando para que o TJSP se mantivesse sempre em posição de destaque no cenário jurídico”, falou. “As novas gerações viram em Renato um exemplo de homem notável, que se dedicou a fazer o bem e agir em prol da paz social. O Tribunal de Justiça de São Paulo, pela minha voz, expressa o reconhecimento e o respeito pelo trabalho desenvolvido ao longo das últimas décadas”, assegurou.

O vice-presidente do TJSP, desembargador Luis Soares de Mello, destacou que o colega abrilhanta a carreira. “É alguém que acumula amizades com sua simpatia por onde passa. É um magistrado popular. A forma com que conduziu a Presidência da Seção de Direito Criminal mostra bem o caráter e a amizade que praticava no exercício da função”, disse. “É uma alegria saber que agora ele iniciará uma nova etapa. Muito obrigada por ter sido juiz e meu amigo durante todos esses anos”, falou.

Já o corregedor-geral da Justiça, desembargador Ricardo Mair Anafe, abordou a lealdade, dignidade e firmeza de propósitos do colega. “Fico triste pelo profissional que vai embora. Como amigo, sou um torcedor contínuo para que seja extremamente feliz.”

Em seguida, o procurador de Justiça Marco Antonio Ferreira Lima disse que o momento é de alegria, mas, também, de tristeza. “Muitas vezes, as margens se tornam estreitas para o curso do rio, mas nem assim o rio deixa de seguir seu destino, que é a imensidão do mar. Sai a toga, permanecem o amigo e o homem.”

Para o presidente da Seção de Direito Criminal, desembargador Guilherme Gonçalves Strenger, a transição do exercício da Magistratura para a aposentadoria traz desafios, a maioria relacionado aos hábitos e à rotina. “A pergunta recorrente é sempre essa: ‘O que fazer quando se aposenta?’. No seu caso, não devemos ficar tristes, porque sabemos que seu dever foi cumprido. Encerra-se uma grande etapa da sua vida, mas inicia-se outra. Sua atuação na Magistratura deixa a marca de um homem inteligente, simples, querido por todos, comprometido com os ideais da Justiça e que sempre se pautou pela sensatez nas tomadas de decisão. Sua postura como magistrado é referência para todos nós. Agradeço em nome de todos do 6º Grupo de Câmaras”, disse.

Com a palavra, o advogado Aloísio Lacerda Medeiros falou em nome da Advocacia paulista. “O nome de vossa excelência no meio da Advocacia é unanimidade, pela forma simples e humilde com que sempre nos recebeu em seu gabinete durante toda a sua vida como magistrado. O lado alegre desta solenidade é marcar a missão cumprida; o lado triste é perder alguém da estirpe de vossa excelência. Seus votos sempre procuraram alcançar a justiça e, por isso, deixo aqui o abraço sentido da Advocacia paulista”, afirmou.

Integrante da 11ª Câmara de Direito Criminal, Alexandre Carvalho e Silva de Almeida, filho do desembargador Caio Eduardo Canguçu de Almeida, enfatizou os conselhos do pai. “Quando entrei na Magistratura, meu pai disse que eu poderia contar com algumas pessoas durante minha trajetória e uma delas era o Renato, que sempre foi um grande amigo e me ajudou diversas vezes, dando-me a oportunidade de fazer parte do 6º Grupo de Câmaras. Quero deixar minha admiração e dizer que muito do que aprendi na segunda instância devo à vossa excelência. Finalizo transmitindo pessoalmente abraço de meu pai e desejando sucesso na nova vida.”

Em nome da 12ª Câmara de Direito Criminal, João Luiz Morenghi contou que os dois trabalharam juntos durante muitos anos e que sempre compartilharam uma convivência harmônica e pacífica. “Divergimos nos julgados com maior classe e categoria”, falou. “Quero dizer a todos que sou muito grato ao desembargador Renato, de quem recebi informações essenciais. Graças a ele fui promovido à segunda instância. Levo comigo minha eterna gratidão”, declarou.

Agradecendo a presença de todos, Salles Abreu Filho falou sobre a despedida. “A certeza do acerto não afasta a tristeza que no momento sinto, porque o afastamento não ocorrerá tão somente em relação aos processos e sessões de julgamento, mas também ao convívio diário com os colegas”, garantiu. “É o ciclo da vida. Alguns saem, outros são providos e novos colegas chegam para dar continuidade à majestosa tradição do Tribunal de Justiça de São Paulo”, destacou. “Agradeço com saudade daqueles que foram responsáveis pelo meu ingresso na Magistratura e de mim fizeram juiz: desembargadores Young da Costa Manso, Odyr José Pinto Porto e Antonio Celso de Camargo Ferraz“. E finalizou: “Saio com a certeza de que, se fosse me dada nova oportunidade, faria tudo novamente”.

À solenidade também estiveram presentes o presidente de Seção de Direito Público, desembargador Paulo Magalhães da Costa Coelho; os demais integrantes da 11ª Câmara de Direito Criminal, desembargadores Maria Tereza do Amaral, Nilson Xavier de Souza, Aben-Athar de Paiva Coutinho, e o juiz substituto em segundo grau Edison Tetsuzo Namba; os demais componentes da 12ª Câmara de Direito Criminal, desembargadores Angélica de Maria Mello de Almeida, Paulo Antonio Rossi, Amable Lopez Soto, e o juiz substituto em segundo grau Heitor Donizete de Oliveira; a esposa do homenageado, Ana Lúcia Sartori de Salles Abreu; o filho Ricardo de Salles Abreu; o irmão e juiz Luiz Antonio de Salles Abreu; além de desembargadores, juízes, advogados e servidores.

Trajetória – Renato de Salles Abreu Filho nasceu em São Paulo (SP), em 1954. Graduou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de Mogi das Cruzes, turma de 1980. Ingressou na Magistratura em 1982, sendo nomeado juiz substituto para a 11ª Circunscrição Judiciária, com sede em São Carlos.  Também atuou nas comarcas de Campinas, Nuporanga e Mogi Mirim. Em 1984, foi promovido ao cargo de juiz auxiliar da Capital. Um ano depois, foi removido para a Vara do Júri e das Execuções Criminais da Comarca de Campinas e, em 1989, removido ao cargo de juiz auxiliar da Capital novamente. Em 1991, foi promovido para a 2ª Vara da Família e das Sucessões do Foro Regional de São Miguel Paulista e removido ao cargo de juiz substituto em 2º grau. Em 2004, foi promovido a juiz do Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo e, em 2005, tomou posse como desembargador. Ocupou o cargo de presidente da Seção de Direito Criminal do TJSP no biênio 2016/2017.

 

Comunicação Social TJSP – SB (texto) / PS (fotos)

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