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CIC explica funcionamento do Judiciário a jornalistas da Rede Globo

        A Comissão de Imprensa e Comunicação (CIC) do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo visitou ontem (10/8) a Rede Globo de Televisão com a finalidade de esclarecer dúvidas de profissionais que atuam na emissora nos diferentes noticiários.  A CIC foi representada pelos desembargadores Carlos Teixeira Leite Filho (presidente) e Décio de Moura Notarangeli. Participaram  cerca de 30 jornalistas e a diretora de jornalismo da Globo de São Paulo, Cristina Piassentini.         
        Ao iniciar o encontro, Teixeira Leite explicou a intenção do Tribunal de Justiça em prestigiar o relacionamento Imprensa/Judiciário. Ele ressaltou que, muitas vezes, o distanciamento se dá pelo receio de alguns juízes em ferir a Lei Orgânica da Magistratura. No entanto, desembargador afirmou que o objetivo agora é dizer aos magistrados que eles não só podem, como devem prestar as informações solicitadas pela imprensa. “Foi pensando nisso que o presidente do TJSP, desembargador Antonio Carlos Viana Santos, nomeou a atual CIC, que tem divulgado essa nova mentalidade, através de visitas às redações de jornais, revistas, rádios e TVs, em caráter informal, para fortalecer o relacionamento entre o Judiciário e a Imprensa.”         
        “Temos trabalhado para melhorar o relacionamento dos juízes com os profissionais de imprensa. Por isso, iniciamos esse trabalho, de mostrar o que é o Judiciário, como são feitos os concursos de ingresso na magistratura, o cotidiano dos juízes que se dedicam a vida inteira à carreira”, revelou. Como todo profissional, prosseguiu, “o juiz também adquire experiência, para decidir sobre diversos assuntos. Por isso, começa a carreira em cidades menores, junto a magistrados mais experientes até chegar, um dia, a desembargador”, concluiu Teixeira Leite.         
        O desembargador Décio Notarangeli também falou aos profissionais da Globo. Ele explicou sobre a estrutura do Poder Judiciário, falou do desconhecimento da maioria dos jornalistas sobre a instituição, o que acarreta conflitos de informações. “A ideia de encontros como o de hoje é aperfeiçoar esse conhecimento.” O desembargador explicou o funcionamento do Poder Judiciário, as atribuições nas esferas federal e estadual, o trâmite processual em 1ª e 2ª instâncias etc. Citou exemplos e números, incluindo a experiência pessoal: “eu mesmo, com o auxílio de dois escreventes e três assistentes, profiro uma média de 150 a 200 votos por mês”.           
        Durante o encontro, os desembargadores comunicaram que está em fase final de elaboração uma cartilha para estimular o juiz a fazer uso de uma linguagem menos técnica e facilitar o acesso da imprensa à informações sobre processos de interesse público.           
        Ao final do encontro, o debate foi proveitoso. Os jornalistas fizeram perguntas sobre a estrutura do Poder Judiciário, tiraram dúvidas sobre as atribuições do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia, o andamento do processo criminal desde a sua origem, a partir do inquérito policial, o oferecimento e o recebimento da denúncia. Outros assuntos, como dano moral e segredo de justiça, também despertaram o interesse dos profissionais da mídia.               
        
        Assessoria de Imprensa TJSP – RP e SO (texto) / AC (fotos)               


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