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Justiça Restaurativa em Barueri é tema de videoconferência

Cidade é pioneira na temática.

    Promovida pelo Grupo Gestor da Justiça Restaurativa do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, a videoconferência “A Coragem da Verdade: Justiça Restaurativa em Barueri, Uma Experimentação”, aconteceu ao longo de toda manhã de ontem (7). O evento foi gratuito e voltado aos que trabalham ou mantêm interesse na temática. Houve compartilhamento das experiências e troca de informações e ao final os palestrantes responderam perguntas do público. Cerca de 70 pessoas participaram do evento.
    O juiz Egberto de Almeida Penido, integrante do Grupo Gestor da Justiça Restaurativa, agradeceu a todos que aceitaram o convite, em nome do coordenador do Grupo, desembargador Reinaldo Cintra Torres de Carvalho. “As videoconferências são encontros de partilhas, visões, experiências e vivências nesse longo aprendizado que estamos tendo, todos juntos, de como implementar a Justiça Restaurativa e desenvolver suas metodologias, conhecimentos que ainda estão no início”, afirmou, lembrando que Barueri foi a primeira cidade do Brasil a ter lei municipal com menção expressa à JR. “Esta é a Justiça do século XXI”, disse, acrescentando que “é a potência dessa troca que constrói tantos sentidos no nosso caminhar.”
    “Barueri tem um lugar histórico na construção da JR no Brasil”, falou o juiz Marcelo Nalesso Salmaso, também integrante do Grupo Gestor da Justiça Restaurativa. “É uma experiência que vem sendo desenvolvida há muito tempo na cidade e de uma forma muito profunda, com qualidade, carinho e cuidado”, completou. “Existe uma articulação comunitária de maneira a configurar esse núcleo de Justiça Restaurativa, embasado em conceito e ação, que se coloca como instrumento de transformação social”, concluiu, finalizando a abertura.
    A coordenadora do Centro Judiciário de Conciliação (Cejusc) de Barueri e representante do Judiciário no Núcleo de Justiça Restaurativa da cidade, juíza Daniela Nudeliman Guiguet Leal, foi a primeira palestrante do dia. A magistrada contou um pouco da sua relação com a JR e seguiu por uma explicação teórica, envolvendo, entre outros, antropologia, ética, princípios e poder. “O ponto essencial da JR, segundo minha concepção, é a relação com o outro nas suas mais diversas abordagens. Também trago a importância de se construir um olhar diverso para a forma de se fazer justiça”, afirmou.
    O presidente da Comissão de Justiça Restaurativa da OAB SP e facilitador e educador em programas de Justiça Restaurativa no Centro de Direitos Humanos e Educação Popular do Campo Limpo (CDHEP), Luís Bravo, enfatizou o trabalho da JR no sistema de Justiça. “Trabalhar com JR é trabalhar com conflito. Uma virtude muito importante e desafiadora é saber sustentar esse estar ao lado das pessoas, do conflito, da angústia, da tensão. Compreender é uma tarefa que pede coragem.”
    A facilitadora no Núcleo de JR de Barueri, advogada Ludmilla Khatarina Rocha de Lima, contou da experiência em projetos diversos e também em círculos virtuais, que se intensificaram e apresentaram resultados positivos durante a pandemia. Já a advogada Maria Regina Bianco Dourado, mediadora judicial nos Cejuscs de Osasco e de Santana de Parnaíba e atuante no Núcleo de JR da Comarca de Barueri, discorreu sobre os projetos Guardiã Maria da Penha e Circulando na Rede, que utilizam ambiente virtual para suas atividades.  “O modo on-line para mulheres vítimas de violência participantes do projeto caiu como uma luva. Elas se sentem mais seguras, estão na privacidade de casa e o formato também garante flexibilidade”, contou sobre o projeto Guardiã Maria da Penha.
    Estiveram presentes os juízes Eliane Cristina Cinto, Fernanda Souza Pereira de Lima Carvalho, Fernando Dominguez Guiguet Leal, Marcelo da Cunha Bergo, Michelli Vieira do Lago Ruesta Changman, Renata Sanchez Guidugli Gusmão e Vanessa Vaitekunas Zapater, além de servidores, advogados, facilitadores, integrantes do sistema de justiça e público em geral.

    Comunicação Social TJSP – SB (texto) / KS (fotos)
    imprensatj@tjsp.jus.br

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